A vice-governadora Cida Borghetti (PROS) tomou posse na quinta-feira (1.º) e conversou com a reportagem da Gazeta do Povo sobre os novos desafios para o segundo mandato do governo Beto Richa (PSDB). Ela falou sobre os Conselhos criados pelo governador através de decretos e afirma que se colocou à disposição para as negociações com o Governo Federal, já que o Pros faz parte da base aliada ao governo Dilma. Acompanhe: Quais serão os desafios neste novo mandato no governo do estado?
Eu sou muito otimista. Em 2015 já começamos o ano muito bem, nesse novo momento que o Paraná vive. Eu tenho certeza que esse novo momento, com a nossa participação como vice-governadora do estado do Paraná, vamos trazer a nossa experiência como parlamentar que fui - deputada estadual, deputada federal. Essa boa ligação com os dois legislativos vai ser muito importante nesse novo momento. Trazer a experiência administrativa de Maringá, que é uma referência nacional. A sociedade civil organizada ajuda muito a cidade a ser diferente. Então essa boa prática nós queremos trazer como modelo para todo o Paraná. Qual vai ser a sua participação no governo?
Nós vamos estar na vice-governadoria ajudando o governador Beto Richa e toda a equipe de secretários a fazer um excelente governo para honrar cada voto recebido e devolver à população do Paraná em trabalho prestado. O governador já assinou alguns decretos criando grupos de trabalho, conselhos, e a vice-governadoria está no Conselho de Desenvolvimento Social que integra várias secretarias, como Saúde, Educação, Trabalho e Desenvolvimento Social, Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Segurança Pública e Administração. O outro conselho é o Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura com as secretarias de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior, Esporte e Turismo, Infraestrutura e Logística, Agricultura e Abastecimento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Cultura e Desenvolvimento Urbano. Esse grupo de trabalho faz com que o governo possa trabalhar conjuntamente. As secretarias participando de todo o desenvolvimento dos projetos e planos para o futuro. O governador fez um gol importante criando esse grupo de trabalho que vai juntar todas as secretarias e a vice-governadoria sob a responsabilidade e a orientação do governador Beto Richa. Achei fantástico e fundamental para a boa interlocução entre as secretarias e o bom trabalho em conjunto dos secretários junto à Casa Civil. O seu cunhado, Silvio Barros, desistiu da candidatura para governador para que a senhora pudesse compor a chapa do governador Beto Richa. Como será a participação de Silvio Barros no governo?
O [ex]-prefeito [de Maringá] Silvio Barros é extremamente qualificado. Foi secretário de Turismo do governo Jayme Lerner, foi secretário nacional adjunto de Turismo, prefeito por oito anos de Maringá, é formado em engenharia, com várias especializações na área ambiental, na área de turismo e de gestão. Então tenho certeza que como secretário de Planejamento vai ajudar muito nesse novo momento que vive o Paraná. Seu partido é base aliada ao governo federal. A senhora acha que isso vai facilitar o diálogo entre o governo do Paraná e o governo federal?
Me coloquei à disposição para fazer essa interlocução com o governo federal. Esse nosso trabalho, essa nossa experiência em Brasília, como relatora setorial do orçamento que fui, vice-líder do meu partido na Câmara dos Deputados, atuando em várias comissões, chefe do escritório do governo do Paraná em Brasília no governo Jaime Lerner, também fez com que pudesse ao longo desses anos construir um bom relacionamento. Nós queremos buscar nesse momento a oportunidade de levar os bons projetos do Paraná e trazer os recursos necessários. Acho que podemos ajudar e muito. Além de toda a bancada federal, nossos deputados federais, nossos senadores, que serão grandes parceiros nesse novo momento que eu tenho certeza que será muito melhor. O governador Beto Richa não poderá se reeleger e deve concorrer ao Senado em 2018. A senhora tem intenção de disputar a eleição para o governo do estado?
O futuro a Deus pertence. Quero devolver a população toda a confiança e o voto em trabalho prestado. A senhora acredita que sua candidatura como vice influenciou as eleições para que sua filha conquistasse uma vaga na Assembleia Legislativa e seu marido na Câmara Federal?
O Ricardo [Barros] tem 50 anos de história na vida pública do Paraná. O Ricardo [Barros] começou aos 28 anos como prefeito de Maringá. A Maria Vitória quando nasceu, o Ricardo estava prefeito. Então, ela já nasceu nesse ambiente de servir a população, é esse o modelo que ela conhece. Está preparada e pronta para servir. A Maria Vitória, ao longo dos seus 23 anos, buscou vários modelos de mundo e voltou para o seu estado e para a sua cidade e se colocou à disposição da população usando apenas o nome Maria Vitória, não usou nem Borghetti, nem Barros. Eu fiquei três meses e meio viajando o Paraná, fazendo campanha de carro, e em nenhum momento andei com a minha filha ou com o meu marido. Cada um buscou seu espaço, seus votos, defendendo a sua bandeira. Existe alguma chance de sua filha se candidatar à prefeitura de Curitiba?
O futuro a Deus pertence. A Maria Vitória tem a juventude, tem a vontade de trabalhar. Aliás, já está se mobilizando e levantou a bandeira da educação porque é empresária da área. Ela tem essa vocação e a expertise em buscar a qualidade da educação. Acho que é muito pessoal, não falo em nome dela. Como a senhora avalia a escolha do secretariado de Beto Richa?
Quero parabenizar o governador Beto Richa pela brilhante escolha. Trouxe nomes de referência nacional e internacional para o governo. Esse novo elenco vai ajudar muito o Paraná, pela formação, pelo conhecimento, pela capacidade que tem de trabalho e de organização.
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