Uma pequena cidade, no interior de Minas Gerais, foi deixada por trabalhadores de uma hidrelétrica e agora está à venda.
Que ninguém duvide que Nilton Braz vai ser o último a apagar a luz. O engenheiro da usina é o único morador de uma vila construída há 35 anos para os 120 operários da hidrelétrica de Jaguará, na divisa de Minas com São Paulo.
Hoje a usina produz energia suficiente para uma cidade de um milhão de habitantes. A obra acabou há três anos.
Os funcionários se foram, mas seu Nilton ficou para cumprir uma missão: cuidar do luxuoso condomínio abandonado que tem: ruas asfaltadas, clube, 70 casas, hotel com 22 apartamentos, supermercado, praça, escola, igreja, e mansões com uma vista privilegiada.
Só não é uma cidade porque não tem prefeitura, delegacia e hospital, mas a estrutura é parecida e está a venda. O preço: R$ 6 milhões.
Desde o ano passado a companhia energética de Minas tenta vender o condomínio fantasma que tem o tamanho de 235 Maracanãs. Mas ainda não apareceu nenhum milionário interessado.
Enquanto isso, seu Nilton vai desfrutando do sossego no dia-a-dia. Sem barulho de vizinhos ou trânsito para enfrentar.
Só quando o negócio for fechado, ele vai fazer as malas e deixar, com o coração na mão, a vila hoje sem vida.
- O coração fica apertado um pouquinho, né? Porque isso aqui é um paraíso - afirma Nilton.
Compradores da Alemanha, dos Estados Unidos e do Canadá já manifestaram interesse em ser donos da minicidade brasileira.
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