Cidades repetem experiência feminina

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Em Flórida, cidade com 2,4 mil habitantes no Norte do estado, os eleitores não tinham dúvida de que uma mulher seria eleita. Havia apenas duas candidatas inscritas. E levou a melhor a atual prefeita, Maria Aparecida Pirani Leoni (PMDB). "A prova que não há preconceito é de que fui eleita de novo", diz. Nena, como é conhecida, era professora e diretora escolar e acredita que saber gerenciar é tanto para homens como para mulheres. Começou na vida política como vereadora. "A grande sensibilidade da mulher faz diferença", avalia. Para ela, as políticas se destacam porque as mulheres sabem conciliar, aprendem a fazer jornada dupla e se colocam mais à disposição das pessoas. "Mulher faz política com amor", define. Nena recusa a máxima de que as eleitoras não votam em candidatas. "Aqui o produto foi testado e aprovado. E mulher gosta disso, de experimentar."

A população de São Pedro do Ivaí, no Norte do Paraná, também provocou que não tem preconceito: tinha uma prefeita e agora elegeu outra. Maria Regina Della Rosa (DEM) vai substituir Cristiane Bento Zulian (PMDB) no comando da cidade de 9,5 mil habitantes. Regina começou na política por influência de uma professora de História, que incentiva o envolvimento em causas sociais. Logo ela se filiou ao PMDB jovem e se envolveu em campanhas política.

Casada e com dois filhos, pós-graduada em agronegócio, Regina garante que tem o apoio da família na nova empreitada. "Mas não posso mentir. Notei que há resistência à mulher, sim", diz. Ela evita comparações de gênero para dizer quem administra melhor. Regina prefere dizer que se trata de uma questão de competência e confiança. "Homens e mulheres são diferentes nos detalhes. As mulheres tendem a serem criativas na busca de soluções e na tentativa de resolver conflitos", aponta. A nova prefeita de São Pedro de Ivaí também faz questão de lembrar que as mulheres políticas são conhecidas pela honestidade. (KB)

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