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Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que a DNA Propaganda, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e mais quatro agências de publicidade desviaram R$ 94,2 milhões do Banco do Brasil do ano 2000 até agora. No relatório, em poder da CPI dos Correios, os técnicos do tribunal exigem que DNA, Lowe, Grottera, Ogilvy e D+ devolvam o dinheiro imediatamente. Os recursos correspondem a bonificações de volume, descontos especiais, que as agências recebiam de seus fornecedores, mas não repassavam ao Banco do Brasil como exigiam os contratos de prestação de serviços.

Os técnicos do TCU também cobram explicações dos diretores de Marketing do banco. Os auditores recomendam ainda uma tomada especial de contas sobre todos os contratos de publicidade do Banco do Brasil. Segundo o tribunal, eles eram obrigados a cobrar o repasse dos descontos, mas teriam feito vista grossa às falhas das agências de publicidade. As conclusões dos auditores serão apreciadas pelo relator do caso, ministro Benjamin Zymler, que pode rejeitar ou ampliar as exigências da área técnica.

A CPI dos Correios, que investiga os repasses de Marcos Valério a parlamentares da base governista a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também pretende aprofundar as investigações sobre as relações das agências de publicidade com o Banco do Brasil. Na próxima semana, a CPI pedirá que as cinco agências citadas no relatório do TCU apresentem todas as notas fiscais relativas aos bônus de volume (BVs). A idéia é fazer uma rechecagem do relatório do TCU com a contabilidade das próprias agências.

- Se não houver colaboração, vamos propor a quebra dos sigilo bancário destas agências - afirmou o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

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