Pelo menos mil pessoas participaram de um ato contra o presidente Michel Temer na tarde deste domingo em São Paulo. Atos contra Temer também foram registrados neste domingo em Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. Organizado nas redes sociais pelo “Coletivo pela Democracia”, o ato na capital paulista começou na Avenida Paulista e incluiu uma passeata até a Praça Roosevelt, onde deveria terminar. Os manifestantes, porém, decidiram retornar à Paulista e se concentraram diante do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), aos gritos de “A Fiesp apoiou a ditadura”.
A Polícia Militar, que acompanhava o protesto à distância, teve de intervir e fazer um cordão de isolamento no acampamento montado pelos pró-impeachment ao lado da Fiesp há mais de 60 dias, que foi mantido no local mesmo depois da posse de Temer. Bibiana Oliveira, de 21 anos, que se apresentou como estudante de Direito, disse que os manifestantes contra Temer passaram chutando as barracas e pichando placas do acampamento. Rafael Monico, que gritava contra Temer e se apresentou como petista, negou que tenha ocorrido qualquer tipo de agressão.
Os manifestantes pediram a saída de Temer, pois consideram seu governo um “retrocesso” para o país. Os manifestantes criticaram o fato de o novo governo ter cortado os Ministério da Cultura, da Mulher e da Igualdade Racial, e nomeado pessoas citadas na Lava Jato para compor o governo. “O golpe pode ter passado na Câmara, e no Senado mas nas ruas não passará. Mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras elegeram a presidente Dilma”, discursou um dos manifestantes.
Por volta das 15h, um grupo de mulheres que protestava no vão livre do Masp se juntou ao grupo. Os manifestantes carregam cartazes com as palavras de ordem “Fora Temer” e “mulheres na luta”.
“Fora Temer!” e “Super Moro”, marcam manifestações em Curitiba
Ato pró-Dilma marcado pelo Facebook atraiu manifestantes à Praça Santos Andrade. Enquanto isso, na Boca Maldita, outros pediam garantias de continuidade da Operação Lava Jato
Leia a matéria completaNeste domingo, cerca de 400 pessoas, segundo a Polícia Militar, também protestaram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, contra o presidente interino. Eles gritaram palavras de ordem, pediram a volta da presidente afastada Dilma Rousseff e fizeram discursos contra cortes de ministérios e a ausência de mulheres no primeiro escalão do governo.
Segundo o G1, um ato chamado “#foraTemer” ocorreu na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com a organização, o protesto reuniu cinco mil pessoas. Uma equipe de reportagem da TV Globo Minas foi expulsa do protesto. Um manifestante chegou a agredir com um chute o repórter cinematográfico, informou o portal de notícias.
O presidente interino Michel Temer passou o fim de semana em São Paulo. Na noite de sábado, recebeu a visita do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, com quem conversou por cerca de duas horas. No domingo, saiu de casa por volta de 10h20m e despistou a imprensa. Só retornou às 14 horas. A assessoria de imprensa informou que apenas a equipe de seguranças soube onde Temer foi.
A expectativa era que Temer se encontrasse com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles para tratar sobre a escolha do nome para o Banco Central. A GloboNews TV informou que os dois se falaram apenas por telefone.
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