Cinco ex-ministros de Dilma Rousseff votaram pela abertura do processo de impeachment contra a petista no Senado. Dois nomes, contudo, chamam a atenção pela proximidade que mantiveram com a presidente afastada a até pouco tempo.
Edison Lobão (PMDB-MA) esteve à frente do Ministério de Minas e Energia desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e permaneceu até 2015, quando foi demitido após suspeitas de envolvimento na operação Lava Jato.
Para justificar sua posição, disse que estava cumprindo um dever e votava pela abertura de uma investigação. “Não vim aqui para tripudiar sobre uma gladiadora ferida. Vim para o cumprimento do dever a que me obriga a Constituição. Meu voto é pela admissibilidade do processo de investigação proposto”.
Outra surpresa veio de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que chefiou o Ministério da Previdência durante todo o primeiro mandato de Dilma. Em discurso, saudou um “eventual” governo de Michel Temer e afirmou que houve crime de responsabilidade na gestão da petista.
Também votaram pelo afastamento de Dilma os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Marta Suplicy (PMDB-SP), que comandaram, respectivamente, Pesca, Integração e Cultura no governo Dilma.
Fiéis
Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-chefe da Casa Civil, e Armando Monteiro (PTB-PE), que deixou o Desenvolvimento para reforçar o placar a favor da petista, foram os únicos ex-ministros de Dilma que a defenderam em plenário.
Eduardo Braga (PMDB-AM), que chefiou Minas e Energia nos últimos meses, estava de licença médica e foi um dos três congressistas que não compareceram à sessão desta quarta-feira (11).
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