O deputado Ciro Nogueira (PP-PI) chegou cedo à Câmara para buscar votos para sua candidatura à sucessão de Severino Cavalcanti e já foi logo reclamando do governo, que estaria agindo nos bastidores para manter a pulverização de candidaturas na base aliada, o que pode enfraquecer sua candidatura e favorecer a de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Segundo eles, alguns candidatos estariam servindo de massa de manobra para o Palácio do Planalto.
- Eu espero que as pessoas que forem se candidatar coloquem seus nomes para valer, e não para servir de massa de manobra. Tenho certeza que o Planalto está trabalhando para que não se tirem as candidaturas, principalmente as da base aliada - afirmou.
Indagado se o deputado Francisco Dornelles (PP-RJ) também estaria seguindo a orientação do Planalto, Ciro disse que o correligionário não está suscetível a esse tipo de pressão e voltou a dizer que vai procurar Dornelles para convencê-lo a desistir da candidatura em favor da sua.
- Eu tenho apoio da bancada e vou mostrar ao ex-ministro que tenho o apoio. O Dornelles é uma das estrelas do nosso partido e disse que só manteria sua candidatura se ela fosse de consenso, vamos mostrar a ele que isso não ocorreu - disse Ciro, antes de reunir com a bancada evangélica.
Um dos principais organizadores da campanha de Ciro, Benedito Dias disse que o maior adversário de Ciro é Aldo Rebelo, já que os dois disputam os votos da base aliada. Ele aposta que Ciro terá pelo menos 143 votos no primeiro turno e está disposto a dar a vice-presidência da Câmara ao PT para conseguir o apoio do partido, que apoiou com resistência a candidatura de Aldo Rebelo.
- Nosso adversário é o Aldo, estamos conversando com os nossos e mostrando que se o Aldo for para o segundo turno quem ganha é o Nonô - disse Benedito.
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