O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República, criticou nesta quarta-feira (3) a pressão que estaria sendo feita por líderanças do PSDB para que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aceite ser vice em uma chapa encabeçada pelo governador paulista, José Serra.

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"A turma de São Paulo quer resolver esse problema no gabinete. Querem tirar a política do povo. O Aécio tem delegação de Minas Gerais para ser presidente, não para ser vice de um cara que impede ele de ser presidente", afirmou Ciro.

O deputado rebateu a declaração do líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), de que sua candidatura perdeu o discurso com a subida da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e a queda de Serra nas pesquisas eleitorais. Em algumas entrevistas, Ciro mencionou que sua candidatura seria importante para provocar um segundo turno, o que gerou a crítica de Vaccarezza.

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"A minha candidatura não tem essa 'miudice' de motivação. É claro que todo dia fico feliz ao ver que a ameaça de volta ao passado está diminuindo, mas nunca uma pesquisa nessa data foi o que aconteceu lá na frente na eleição", afirmou o deputado.

Ciro voltou a reafirmar seu desejo de ser candidato à Presidência "até o dia da eleição". Ele também retomou as críticas à aliança entre PT e PMDB, que dá suporte à candidatura Dilma. Para ele, a aliança desloca o eixo do PT de "centro-esquerda" para "centro-direita" no espectro ideológico.

O deputado destacou ainda que seria importante para seu partido ter candidato à Presidência para afirmar suas ideias. "Time que não joga não cria torcida."

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