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Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza | AFP/Gazeta do Povo
Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza| Foto: AFP/Gazeta do Povo

Durante evento nesta segunda-feira à tarde em São Paulo para o lançamento do Bloco de Esquerda formado por seis partidos liderados pelo PSB e PDT, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse que ainda é cedo para se falar em candidatura a presidente da República em 2010. Ele entende como natural o PT ter decidido que pretende ter candidato próprio, mas admite negociar nomes com os partidos da base aliada.

- Qualquer um de nós que fizer das eleições de 2010 um foco agora, está jogando conversa fora, está perdendo tempo ou está botando o carro na frente dos bois. É muito cedo e à luz da história brasileira é quase ocioso falar em eleição em 2010 ou definir candidaturas para 2010 - disse.

Apesar disso, no evento de lançamento do bloco chegou a haver gritos de militantes do PDT do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que pediam a candidatura de Ciro a presidente.

Uma das palavras de ordem mais ouvidas era "Bloco de esquerda é a solução, Ciro para presidente da nação". Na eleição de 2002, quando Lula foi eleito presidente pela primeira vez, Paulinho foi candidato a vice na chapa encabeçada por Ciro Gomes, que por pouco não foi ao segundo turno contra Lula. Hoje, Paulinho, no PDT, e Ciro, no PSB, fazem parte da base aliada de Lula no Congresso, mas ambos se uniram agora para lançar o Bloco de Esquerda que já tem 77 deputados no Congresso.

PT acena para aliados ao definir posição para sucessão em 2010

No final de semana, no terceiro e último dia do 3º Congresso Nacional do PT , o partido aprovou texto que, alinhado com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, propõe um amplo debate interno que resultará na construção de uma candidatura petista "capaz de liderar, juntamente com outros partidos, uma ampla aliança partidária e social e vencer as eleições de 2010". Um adendo ao texto, lido no intervalo entre outras votações pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, deixa clara a intenção do partido em dialogar com a base aliada sobre a sucessão de 2010. Para Noblat, um candidato próprio à presidência em 2010 separa Lula do PT.

"O PT apresenta uma candidatura a presidente a ser construída com outros partidos e assim formar uma aliança programática, partidária e social capaz de ser vitoriosa nas eleições de 2010 e impedir o retorno do neoliberalismo", diz a resolução.

Em entrevista, logo após o encerramento do congresso, Berzoini afirmou que a escolha de um candidato obrigatoriamente petista "não dá uma mensagem boa à política de alianças".

Dirigentes de várias matizes internas do partido afirmaram que o Palácio do Planalto e o PT acertaram a tática, considerada mais flexível para 2010, por três motivos: uma candidatura petista abriria um fosso com outros partidos de esquerda; prejudicaria as alianças petistas para prefeituras em 2008 e ainda prejudicaria a governabilidade de Lula nos próximos três anos:

O ex-ministro José Dirceu, que foi ovacionada na abertura do congresso, defendeu que o partido, "para o bem do Brasil", apresente apenas um nome para vice na chapa presidencial de 2010 caso, até lá, não haja consenso em torno de um petista forte para suceder o presidente Lula.

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