O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) disse nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro, não enxergar as pressões do PMDB em torno da pasta das Relações Institucionais, ocupada pelo ministro José Múcio Monteiro (PTB), e defendeu que o governo não recue da decisão de profissionalizar a diretoria da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Para ele, o governo não deve atender a pedidos do PMDB de olho na aliança nacional com o partido em 2010. "É um cheque em branco", definiu.
O PMDB botou José Múcio no alvo dos ataques políticos desde a disputa para a presidência do Senado, no início do ano. Os peemedebistas não perdoam o fato do ministro ter trabalhado pela candidatura de Tião Viana (PT-AC), derrotado pelo senador José Sarney (PMDB-AP). O que o PMDB quer é trocar o apoio à pré-candidatura da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência pela abertura de "um assento permanente" para o partido na coordenação política do governo. A legenda quer também a revisão de exonerações Infraero, que atingiram afilhados peemedebistas, o que iria contra a estratégia do governo de profissionalizar a estatal.
Ciro Gomes ainda disse hoje que só a iniciativa dos parlamentares pode retomar uma agenda consistente no Congresso Nacional, após a série de escândalos envolvendo o uso indiscriminado de passagens aéreas. Para o deputado, falta visibilidade aos projetos que tramitam na Casa.
Explosões em frente ao STF expõem deficiências da inteligência de segurança no Brasil
Barroso liga explosões no STF a atos de bolsonaristas e rechaça perdão pelo 8 de janeiro
Autor de explosões em Brasília anunciou atos nas redes sociais, se despediu e deixou recado à PF
Governo quer usar explosões para enterrar PL da anistia e avançar com regulação das redes