Desembargador Clayton Camargo renuncia a presidência do TJ-PR e pede aposentadoria| Foto: Ivonaldo Alexandre / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Clayton Camargo entrou com pedido de aposentadoria e, consequentemente, renunciou ao cargo de presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) durante sessão do Órgão Especial nesta segunda-feira (23). O pedido foi acatado por unanimidade pelos outros desembargadores.

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Aos 67 anos, Camargo pediu para sair do cargo de desembargador três anos antes do limite para aposentadoria compulsória. Ele deveria continuar como presidente do tribunal até fevereiro de 2015 - já que foi eleito em novembro do ano passado e assumiu em fevereiro deste ano.

A renúncia e a aposentadoria acontecem em meio a investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no TJ-PR, que corre em segredo de justiça. A eleição para o novo presidente do órgão está marcada para 3 de outubro.

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O afastamento teria sido motivado por problemas de saúde, segundo nota publicada no site do TJ. O texto diz ainda que Clayton foi recebeu "vários discursos dos colegas elogiando não só a pessoa do Desembargador Clayton Camargo, como tudo o que foi realizado neste curto espaço de tempo de sua gestão".

Segundo a assessoria de imprensa do TJ, Camargo não vai se pronunciar sobre a renúncia nesta segunda. Paulo Vasconcelos, o primeiro vice-presidente e que assume a presidência até as novas eleições, também informou que não vai se manifestar sobre o assunto. Ele não foi ao tribunal hoje. A sessão do Órgão Especial foi presidida pela segunda vice-presidente, desembargadora Dulce Cecconi.

Camargo havia reassumido a presidência do TJ na última sexta-feira (20), depois de ficar afastado para tratamento de problemas cardíacos. Ele voltou um dia depois da revogação de um edital de licitação de R$ 80 milhões para reforma do prédio do TJ, decidida pelo presidente interino Paulo Vasconcelos. Camargo estaria afastado por 12 dias por licença médica e outros 26 por férias. Se os prazos fossem cumpridos, ele só retornaria ao trabalho no fim de outubro.

Segundo nota divulgada pelo site do órgão, a revogação do edital aconteceu "com o propósito de verificar possíveis falhas no procedimento de concorrência, a pedido de advogado". Quais seriam as possíveis falhas, o conteúdo do pedido e a identidade do advogado não foram revelados.

Mais informações em breve.

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