Clodovil Hernandes, tinha 71 anos e foi levado ao hospital por um assessor parlamentar na manhã de segunda-feira| Foto: Câmara Federal

Um dos mais famosos estilistas e apresentadores do Brasil, Clodovil Hernandes foi o terceiro deputado federal mais votado do País nas eleições de 2006, com 493.951 votos. Morto nesta terça-feira (18), aos 71 anos, em consequência de um acidente vascular cerebral (AVC)Clodovil concluiu uma biografia que teve na polêmica uma das principais marcas registradas.

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Filho de pais adotivos, Clodovil nasceu em 1937, na cidade de Elisário, interior de São Paulo. Aos 20 anos, se mudou para a capital paulista e logo se firmou como costureiro das celebridades, entre elas Elis Regina, Cacilda Becker e as famílias Diniz e Matarazzo. Na década de 1990, passou a se dedicar somente à televisão, comandando programas como o "TV Mulher", na Rede Globo, junto com Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo. Clodovil passou também pelas redes Manchete,Gazeta e RedeTV.

Alvo de diversas acusações de racismo, o deputado e apresentador chegou a dizer em uma entrevista, em 2005, que perdera a conta de quantos processo respondia. Em 2004, em um de seus programas, Clodovil chamou a então vereadora de São Paulo Claudete Alves (PT-SP) de "macaca de tailleur metida a besta". No ano seguinte, disse à deputada Cida Diogo (PT-RJ) que atualmente "as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé". Ele chamou também a deputada de "mulher feia".

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Eleito pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC-SP), Clodovil deixou a legenda em 2007 para integrar os quadros do Partido da República (PR-SP).Acusado de infidelidade partidária, foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quinta-feira passada.