O estado do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) piorou na tarde desta segunda-feira (16). De acordo com a equipe médica, ele teve uma parada cardiorrespiratória de cerca de cinco minutos por volta das 14h15. O neurocirurgião que cuida do caso, Benício Oton de Lima, afirmou que o parlamentar, caso sobreviva, terá sequelas graves.

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O deputado foi levado ao hospital por um assessor parlamentar por volta das 8 horas da manhã após ter sido encontrado ao lado de sua cama, em seu apartamento. Clodovil teve um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico durante a madrugada e foi submetido a um procedimento de drenagem do sangue por meio de um cateter ainda pela manhã.

Um dos membros da equipe, o médico Alan Ricardo Coutinho Ferreira, que já havia classificado o risco de morte como "muito alto", relatou a piora no quadro. "O quadro clínico se agravou durante o período da tarde. Por volta das 14h15 ele sofreu uma parada cardiorrespiratória que foi rapidamente revertida. Ele está em coma profundo e mantém seus sinais vitais por equipamentos e medicação."

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Para o neurocirurgião Benício, a chance de sobrevivência é pequena. "Em casos semelhantes, a taxa de mortalidade é muito elevada." Ele afirmou que, caso isso ocorra, o deputado não deverá ter condições de falar ou andar. "O risco de sequela é muito elevado. Ele seria incapaz de tocar uma vida útil."

Solidariedade

A assessoria de imprensa de Clodovil informou que os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), telefonaram para o hospital para prestar solidariedade. O senador Arthur Virgílio ( PSDB-AM) também telefonou para ter notícias do colega.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Arnaldo Bersciani foi outro que telefonou para o hospital. Ele foi o relator do processo de infidelidade partidária contra Clodovil. Alguns assessores afirmam que o parlamentar havia passado mal na sexta-feira (13), dia posterior ao julgamento, no qual foi absolvido.

De acordo com a assessoria, o parlamentar tem uma relação distante com a família. Por isso, nenhum parente teria buscado informações. Amigos, no entanto, telefonaram com frequência para os assessores. De acordo com eles, a primeira a ligar foi a diretora de televisão Marlene Mattos.

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