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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realiza na tarde desta terça-feira (7) uma reunião fechada para discutir questões administrativas. O encontro, que começou por volta das 16h30, traz temas que devem gerar longos debates entre os conselheiros, como as falhas na comunicação interna do órgão e o rearranjo da estrutura orgânica do conselho.

A dificuldade de comunicação foi apontada pelo presidente do órgão, Cezar Peluso, como o motivo de um recente desentendimento no conselho. Em dezembro, uma empresa que vende produtos da tecnologia Oracle venceu uma licitação milionária no CNJ e alguns conselheiros suspeitaram que a diretoria do órgão direcionou a concorrência.

Peluso precisou chamar uma reunião interna para prestar contas aos conselheiros insatisfeitos e admitiu que a falha no fluxo de informações entre gestores e conselheiros abriu brecha para as suspeitas.

A discussão sobre a estrutura orgânica do CNJ deve permear a preocupação de alguns conselheiros com o excesso de concentração de poderes nas mãos da presidência do órgão e de sua assessoria. O conselheiro Marcelo Nobre propôs, no final do ano passado, que o secretário-geral do CNJ fosse escolhido pelo plenário e não pelo presidente.

Está ainda em discussão proposta que pretende dar poderes para que os conselheiros criem uma comissão interna para fiscalizar a transparência de gastos dos tribunais federais e estaduais.

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