O senador Fernando Collor, candidato ao governo de Alagoas pelo PTB, foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar uma multa de R$ 5 mil, em decorrência de uso de adesivos com propaganda eleitoral antes do dia 6 de julho, período autorizado pela legislação para início das campanhas eleitorais. A informação foi divulgada no início da noite pelo Ministério Público Federal.
A decisão atende à representação eleitoral ajuizada pelo procurador regional eleitoral auxiliar Samir Nachef, com base em procedimento administrativo que comprovou a divulgação do nome do pré-candidato em veículos em vários pontos do Estado. Conforme a representação do Ministério Público, o então pré-candidato afrontou o artigo 36 da Lei 9.504, de 1997, cujo objetivo é garantir isonomia entre os candidatos ao pleito eleitoral.
O ex-presidente não foi encontrado para comentar a decisão Judicial. Collor disputa o governo do Estado pela terceira vez. Em 1986, ele se candidatou e ganhou, mas se afastou para se candidatar à Presidência. Depois de sofrer um processo de impeachment e renunciar ao cargo em 1992, Collor teve os direitos políticos cassados por oito anos. Em 2002, disputou o governo do Estado pela segunda vez. Perdeu para o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Quatro anos depois, ganha de Lessa a disputa pelo Senado. E agora enfrenta o ex-governador de novo, na sua terceira eleição ao governo de Alagoas.
Lessa é candidato com o apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem como candidato a vice o presidente do PT em Alagoas, Joaquim Brito. Além disso, o ex-governador conta com o apoio do senador Renan Calheiros, candidato à reeleição pelo PMDB. O outro candidato ao Senado pela coligação de Lessa é o ex-deputado federal Eduardo Bomfim, do PCdoB. No entanto, Collor continua dizendo que também é candidato de Lula e que seu palanque está à disposição da candidata petista Dilma Rousseff, durante a campanha em Alagoas.