O governo quase foi novamente surpreendido pela oposição numa tentativa de convocar o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a dar explicações sobre o aumento do seu patrimônio. O líder da minoria na Câmara, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), apresentou um requerimento de convocação de Palocci na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência, que fazia uma sessão em uma das salas do Senado.
Quando os governistas perceberam, o deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) já se preparava para votar o requerimento. Enquanto o governo convocava todos os líderes da Câmara e Senado e outros parlamentares para correrem à comissão, o senador Fernando Collor (PTB-AL) salvou Palocci. Ele pediu a palavra e disse que a comissão não tem autorização parlamentar para funcionar, porque ela ainda não foi constituída e qualquer decisão que tomasse seria nula.
Enquanto Collor falava, deu tempo dos parlamentares e líderes da base governista chegarem à sessão, que se realizava de forma emergencial na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Uma vez em maioria, o governo convenceu Lereia a não levar adiante a tentativa de votar o requerimento e a sessão então foi encerrada. Paulo Abi-Ackel acusou o governo de impedir o debate democrático ao barrar a convocação de Palocci.
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