6 meses a mais de contrato serão concedidos pela prefeitura de Curitiba à Consilux, empresa responsável pela instalação e manutenção dos radares nas ruas da cidade. O novo aditivo do contrato será feito sem licitação, já que a lei permite renovação por cinco anos. Se forem feitos todos os aditivos possíveis, a Consilux será a dona dos radares de Curitiba até 2009.
Isto também é política
Hoje é o dia do jornalista. E o motivo de a data escolhida hoje explica muito sobre a profissão e sobre a política brasileira. Depois de alguns anos da Independência, o imperador D. Pedro I tinha deixado de ser uma figura popular. Era tido como um sujeito vaidoso, violento, pouco interessado em governar. Líbero Badaró era autor de um jornal em que fazia pesadas críticas ao governante. Acabou assassinado. Ninguém soube quem era o mandante do crime. Mas todos desconfiaram do imperador. A partir daí, aonde D. Pedro ia, havia protestos contra ele. Foi um dos fatores que levaram à sua renúncia. A data da abdicação? Foi um 7 de abril, como hoje. Dia, portanto, de celebrar a imprensa livre e de cobrar os políticos.
Tudo indica que a posição do governador Roberto Requião vai ser decisiva nas eleições de agosto na Federação das Indústrias do Estado do Paraná, a Fiep. Em 2003, quando havia recém-assumido seu segundo mandato no Palácio Iguaçu, Requião foi fundamental para montar a chapa que tirou José Carlos Gomes de Carvalho, o Carvalhinho, da federação. Agora, no terceiro mandato, há quem diga que ele quer tirar Rodrigo Rocha Loures para colocar na presidência o seu atual secretário de Indústria e Comércio, Virgílio Moreira Filho.
Muita gente estranhou a troca, porque a ligação de Requião com Rocha Loures parecia sólida. O filho do presidente da Fiep, que também se chama Rodrigo, havia sido nomeado chefe de gabinete de Requião e, no ano passado, teve apoio do governador para se eleger deputado federal. Há até quem ache que o governador pretende lançá-lo como candidato a prefeito de Curitiba em 2008.
Mas as ligações do governador com Virgílio Moreira também são muito fortes. Os números da campanha pela reeleição ao governo, em 2006, são mais do que suficientes para mostrar isso. A principal empresa de Moreira, a Companhia de Cimentos Itambé, foi uma grande doadora de dinheiro para o comitê de Requião. Foram R$ 228 mil em doações no primeiro turno da eleição.
No segundo turno, não houve doações da empresa. No entanto, assim que as eleições acabaram, Virgílio Moreira resolveu ajudar novamente o amigo Requião. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que no dia 17 de novembro o atual secretário doou para o comitê do governador reeleito 38,6 mil. Apenas quatro dias depois, outra doação. Desta vez, no valor de R$ 20 mil. E finalmente, no dia seguinte, uma última doação. Agora de R$ 100 mil. No total, Moreira doou do seu próprio bolso R$ 158 mil.
Com as três doações, Virgílio Moreira se transformou, já depois do segundo turno, com a eleição resolvida, no segundo maior doador pessoal da campanha de Requião. Perdeu apenas para Teciomar Abila, da Brink Mobil, que doou R$ 162 mil. As doações depois do segundo turno, pela regra do TSE, são permitidas. Garantem que o candidato cubra as dívidas que fez ao longo da campanha. E em 2006 o prazo para conseguir essas doações pós-eleitorais se encerrou no dia 27 de novembro cinco dias depois da última doação de Moreira.
PS: Apenas como registro. Os dados do TSE não mostram nenhuma doação de Rodrigo Rocha Loures ou de sua empresa, a Nutrimental, à campanha de reeleição do governador, nem antes nem depois de anunciados os resultados das eleições.
Obras e mais obras
O anúncio feito pelo presidente do Tribunal de Justiça do Paraná de que duas novas obras serão erguidas no Centro Civico é mais um indício de que o Anexo do Palácio da Justiça, construído de 2003 a 2005, teve erros em sua concepção. O edifício foi feito para abrigar os desembargadores paranaenses. Na época, já se falava que o Tribunal de Alçada seria fundido ao TJ. Portanto, o número de magistrados do tribunal subiria de cerca de 50 para 120. Apesar disso, o Anexo foi erguido com tamanho para abrigar apenas os desembargadores da época mesmo após discussões internas sobre o tema.
Agora, depois da fusão, o desembargador Vidal Coelho, novo presidente do TJ, diz que irá erguer um novo anexo e construir mais cinco andares sobre o Palácio da Justiça. Tudo para poder livrar o Judiciário do aluguel da antiga sede do Alçada e para fazer com que finalmente os 120 desembargadores possam trabalhar no mesmo complexo de prédios. A construção do primeiro anexo já está sendo investigada por suspeita de licitação dirigida e de superfaturamento. As novas obras mostram que o prédio também poderia ter sido mais bem pensado.
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