A cada dia a campanha de Osmar Dias ganha mais apoiodo pessoal ligado a Jaime Lerner.
Tudo começou no mês passado, quando o ex-governador juntou seus aliados mais próximos no Instituto Jaime Lerner. Levou Osmar para conversar com eles. Quebrou o gelo e pediu que todos os presentes apoiassem, à medida que pudessem, a campanha do PDT. Além de dona Fani, estavam presentes Gerson Guelmann, Guaraci Andrade, Cid Campêlo, José Tavares e Candinho, entre outros.
Mas não são só eles os novos colegas no barco de Dias. José Antonio Andregueto se licenciou da Secretaria de Meio Ambiente de Beto Richa, assim como Eduardo Paim.
Ambos são gente de Lerner e chegaram para ocupar cargos importantes na campanha. Houve até ciumeira por parte de aliados mais antigos de Osmar Dias.
Em princípio, os lernistas garantem que não há acordo para ocupação de cargos em caso de vitória.
"Mas acho que seria natural", afirma Guelmann, que resistiu ao convite num primeiro momento mas agora aderiu à campanha.
Segundo ele, a estrutura do governo é grande e Osmar vai precisar de mais gente para dar conta de tudo, caso venha a vencer.
Espólio
Diz a regra que não há vácuo de poder. O vazio deixado por Hermas Brandão, que neste ano não disputa vaga na Assembléia Legislativa, está sendo cuidadosamente ocupado. Ney Leprevost e Alexandre Curi são dois dos herdeiros dos votos no Norte Pioneiro. Têm o aval de Hermas, vice na chapa de Requião, para negociar com os prefeitos. Luiz Cláudio Romanelli, correndo por fora, acabou ganhando algumas cidades da região para sua campanha.
No escuro
O PT diz não ter encomendado nenhuma pesquisa até agora. Nem quer saber das que já estão sendo divulgadas. Só depois de 10 ou 15 dias de programa eleitoral o partido acredita que será possível saber se Flávio Arns e Gleisi Hoffman estão sendo aceitos pela população. O raciocínio é que os dois são muito pouco conhecidos e só com a exposição na tevê terão chance de entrar na disputa.
Isso também é política
Iraci Campos Tanajura vive há 23 anos em Curitiba. Saiu do interior com a família quando tinha 12, para tentar vida melhor.
Sem emprego desde a adolescência, quando era doméstica, vive do que lhe dão. Iraci não sabe que haverá eleições neste ano. Nunca votou. Conta que nunca recebeu nada de político, eleito ou em campanha.
O que queria era um emprego. "Para ganhar R$ 400", diz ela. Mas isso não lhe deram.
O que lhe cabe são as moedas dos passantes que não são eleitos para nada, mas fazem por ela mais do que os que estão ou estiveram em cargos públicos.
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