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Olho vivo

Antes tarde 1

O TC vai formalizar na quinta-feira a comunicação à Assembleia de que há uma cadeira vaga de conselheiro – a de Hermas Brandão, aposentado desde 5 de maio. A partir da comunicação, a Mesa da Assembleia abrirá o processo de eleição, com a publicação de edital de inscrição de candidatos e definição de datas para sabatinas e votação.

Antes tarde 2

Até agora, há dois candidatos prontos para se inscrever – os deputados Fabio Camargo e Plauto Miró. Pelo corredores se comenta a possibilidade de repetir-se o que aconteceu em 2000, quando os então deputados Basilio Zanusso e Heinz Herwig (este apoiado pelo governador Jaime Lerner) disputaram uma vaga. Herwig ganhou por um voto.

Agora vai

Agora é definitivo: vai chegar até amanhã ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a representação da OAB-PR contra o Decreto Judiciário 940 baixado pelo TJ em maio. A OAB pretende que o CNJ determine a revogação do decreto por considerá-lo inconstitucional. Entre outras disposições, a medida do TJ manda reunir numa só conta todos os depósitos judiciais existentes no estado, com o possível fim de transferi-los para o caixa único (Sigerfi) criado pelo governo estadual.

Descontrole

Por falar em caixa único, cresce o consenso entre conhecedores da máquina que o descontrole das finanças do estado é mais grave do que se imagina. Em época de dificuldades até para honrar a folha de servidores, o governo gasta com reforma de gabinetes e com mudanças de endereços. A nova decoração de um gabinete do Palácio Iguaçu custou R$ 90 mil, e a mudança dos móveis da PGE para o hotel 5 estrelas, a 12 quadras de distância, foi orçada em R$ 87 mil.

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, mantém-se mudo quanto à sua eventual candidatura ao Senado, em 2014, na possível chapa liderada pela ministra Gleisi Hoffmann na disputa pelo governo estadual. Segundo ele, o mutismo obedece a uma regra do BB, que impede seus diretores de tratarem de política em público, embora se mantenha presidente do PDT paranaense.

Osmar nada falou, por exemplo, num momento crítico ocorrido há pouco mais de um mês, quando seu irmão, senador Alvaro Dias, consolidou sua posição de candidato à reeleição pelo PSDB. Os tucanos do Paraná teriam reconhecido que, estrategicamente, não seria produtivo manter a disposição de impedir a candidatura de Alvaro por dois motivos: a) porque o partido não tem candidato mais forte para pôr no seu lugar; e b) porque, ao lançá-lo, criaria dificuldades para a candidatura simultânea do irmão Osmar na disputa direta por uma única vaga.

O silêncio em público, porém, não significa que Osmar tenha decidido não enfrentar Alvaro em chapas opostas. Tanto que já trabalha em "dobradinha" com Gleisi em assuntos sensíveis na política paranaense. Coordenadora da formulação do Plano Safra 2013/2014, a ministra-chefe da Casa Civil diz ter trabalhado em conjunto com Osmar e com o ministro da Agricultura, Antonio Andrade, para definir pontos que consideram importantes para facilitar a vida dos produtores rurais que precisam de crédito.

A presidente Dilma Rousseff lança hoje o novo Plano, prevendo recursos de R$ 136 bilhões (15% mais do que o liberado no ano passado) para financiar a safra. Teriam sido fruto de negociações de Osmar Dias, porém, os quesitos que mais tocam a sensibilidade do bolso dos agricultores: os juros vão variar entre 4,5% e 6% este ano, contra os 9,5% que vigoraram no Plano anterior. Seria também de Osmar a iniciativa de incluir R$ 25 bilhões para financiar a construção de armazéns.

Embora os critérios para a definição do Plano Safra sejam técnicos e econômicos, seus efeitos podem se estender para o campo político, beneficiando a ligação tradicional que Osmar Dias já mantém com o eleitorado rural e, de quebra, quebrando resistências contra o PT de Gleisi. A isso se complementa o suposto favoritismo que a ministra – segundo pesquisas recentes – desfrutaria em Curitiba e região metropolitana.

A aproximação de Gleisi com o meio rural não se limita à "dobradinha" com Osmar Dias. Tem tido também interlocução frequente com a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Katia Abreu, e não tem perdido oportunidade para desenvolver outras ações simpáticas ao eleitorado do interior. Uma das últimas foi sua decisão de suspender os estudos da Funai que pretendiam transformar em reservas indígenas áreas produtivas do Oeste do Paraná. Além, claro, de distribuir máquinas e equipamentos para prefeitos.

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