Olho vivo
Relevante demais 1
A Sanepar divulgou ontem um fato relevante: renovou o acordo de acionistas com o grupo Dominó. O acordo estava com data marcada para terminar 4 de setembro próximo após 15 anos de sua assinatura no governo Jaime Lerner. A renovação estende a participação do Dominó na Sanepar até 2021, que continuará detentor de 39,7% do capital da empresa e com direito a participar de uma de suas diretorias estratégicas. O fato relevante não esclarece, mas a diretoria em questão seria a Financeira.
Relevante demais 2
A participação societária do Dominó holding formada majoritariamente pela construtora Andrade Gutierrez e pela Copel foi objeto de enorme polêmica nos anos do governo Requião. Requião o queria fora da companhia e brigou na justiça na tentativa de anular o acordo. Não conseguiu. No governo atual, o grupo reconquistou um privilégio: em vez de a Sanepar destinar 25% dos dividendos anuais aos seus acionistas, elevou o índice para 35%. O fato relevante é publicação tornada obrigatória pela lei das sociedades anônimas com papéis negociados em bolsa.
Direto no foco
A CPI do Transporte Coletivo da Câmara de Curitiba faz diligência hoje nas dependências da Urbs, empresa municipal que gerencia o sistema. Os vereadores vão pedir ao presidente, Roberto Gregório, esclarecimentos sobre pelo menos dois pontos importantes: a) alterações feitas no edital de licitação de 2009 não submetidas ao exame do setor jurídico da Urbs e que teriam sido feitas para dirigir a concorrência e beneficiar as empresas vencedoras; b) sobre os valores considerados excessivos pagos pela bilhetagem eletrônica e pela suposta falta de confiabilidade do serviço prestado pelo ICI e Dataprom.
A ministra Gleisi Hoffmann volta hoje ao Brasil após uma semana em missão oficial à China. Encontra ainda vivas as más notícias envolvendo o assessor acusado de crimes de assédio sexual em Realeza, Sudoeste do Paraná. Em compensação, traz da Ásia boas notícias em relação à disposição dos chineses de investir pesadamente em alguns dos projetos de infraestrutura que a ministra levou a eles.
Na noite de terça-feira, por e-mail, Gleisi informou que da sua bagagem fizeram parte projetos que interessam diretamente ao Paraná, dentre os quais a ligação ferroviária com o Porto de Paranaguá a ser licitada pela EPL, a empresa de logística criada pelo governo federal. Segundo ela, sua viagem dá continuidade às negociações prévias que o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, manteve em junho e julho com representantes chineses.
Na entrevista, a chefe da Casa Civil diz que a China "ficou mais perto" e dá as razões para a escolha do país como destino de sua missão:
- O Brasil precisa de parcerias para implantar seus projetos de infraestrutura e acreditamos que a China é o lugar certo para buscá-las. Só para dar uma ideia: o Banco de Desenvolvimento Chinês dispõe de nada menos de US$ 1,2 trilhão em ativos. Os valores e números chineses são sempre fantásticos: só uma das três empresas de engenharia e construção ferroviária tem 2 milhões de empregados e é considerada a maior do mundo no setor.
- Em 2012, os chineses investiram US$ 77 bilhões no exterior, quase 30% a mais do que em 2011. O estoque de investimentos chineses no mundo saltou em 12 anos de US$ 28 bilhões para US$ 443 bilhões. Os investimentos chineses no Brasil passaram de US$ 200 milhões em 2009 para US$ 9,3 bilhões em 2012.
- A China tem US$ 3,3 trilhões de reservas acumuladas e anunciou, em janeiro passado, a criação de um escritório exclusivo para planejar investimentos no exterior.
- O Brasil e a China têm um plano de cooperação para dez anos firmado em 2012 entre a presidente Dilma e o então primeiro-ministro chinês. Esse plano estabelece, entre outras, ações prioritárias nas áreas de infraestrutura e transporte.
- Dentre todos os investimentos projetados pelo Brasil, a China poderá dar uma contribuição diferenciada em ferrovias. Tem tradição e tecnologia para isso, demonstradas nos 95 mil quilômetros de ferrovias em operação no país.
- A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. É a maior importadora do minério de ferro e da soja que produzimos. Em razão disso, da parte deles há grande interesse em contribuir na expansão e modernização da nossa infraestrutura logística, pois isso tornará mais baratas as importações destas commodities, principalmente da soja, o que gera esperança na inclusão do projeto da ferrovia que ligará Mato Grosso ao Porto de Paranaguá entre definições de investimento.
Defesa de Bolsonaro pede anulação da delação de Mauro Cid e julgamento no plenário
Mauro Cid reforça que não foi coagido em delação e pede absolvição ao STF
Em busca da popularidade perdida, governo anuncia alíquota zero de importação para baratear alimentos
Resultado da Petrobras justifica preocupação
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