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A Linha Verde corre o risco de não chegar aos 22 quilômetros previstos no plano original. Pode ficar pela metade e, com isso, passar a se chamar abreviadamente de Linha Ver. É com esse problemão que se batem agora o prefeito Beto Richa e sua assessoria técnica, tudo em razão de um detalhe importante: não há dinheiro suficiente para concluir a obra.

Para entender: a Linha Verde foi idealizada para ligar os bairros extremos do Pinheirinho e Atuba, seguindo o trajeto do antigo trecho urbano da BR-476. Um financiamento do BID permitiu a construção da primeira metade, do Pinheirinho à confluência da Avenida Marechal Floriano. Falta a outra metade, da Marechal ao Atuba.

Para essa segunda metade, a prefeitura negociava outro financiamento do BID. Mas a decisão de construir o metrô virou a cabeça do prefeito: ele quer trocar o BID pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) como agente financiador da última etapa. Com isso, o BID ficaria na reserva para financiar o metrô.

A AFD, porém, financia atualmente outros projetos da prefeitura, dentre os quais o alargamento e concretagem das canaletas do expresso. Um pedaço dessa obra, do Centro ao bairro Santa Cândida, ainda não começou e a prefeitura está disposta a cancelá-la para transferir o empréstimo correspondente para Linha Verde.

Deu para entender? O detalhe é que o recurso disponibilizado pela AFD é insuficiente para cobrir o custo da segunda fase da Linha Verde. E a prefeitura também não teria condições financeiras para arcar com contrapartida maior para cobrir o que falta.

Então, o que fazer? Deixar a Linha Verde pela metade, só com o trecho já concluído? Ou simplificar o projeto da segunda parte de modo a baratear o investimento? Isto não é aconselhável, mas é possível, pois ainda não há projeto de engenharia pronto.

O que está fora de questão é deixar de fazer o metrô, a qualquer custo. De todas as maiores obras tocadas em Curitiba, esta seria a única que o prefeito poderia orgulhosamente chamar de sua. Quase todas as demais – incluindo a Linha Verde – têm como pais prefeitos anteriores.

Se os esforços para fazer o metrô determinarem que a modernização da Rede Integrada de Transporte deve ser adiada, ou que a Linha Verde passe a ser conhecida apenas como Ver – sem problemas. O importante é aproveitar a onda favorável à construção do metrô.

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Atração fatal

A bancada governista na Assembleia Legislativa ganhou mais dois – agora declarados – membros: os deputados Duílio Genari e Cida Borghetti. Eles assumiram esse compromisso e já estão prontos para obedecer às ordens do líder Luiz Cláudio Romanelli. Ambos pertencem à bancada do PP e se declaravam independentes.

Os dois outros deputados pepistas – Ney Leprevost e Antonio Belinati – recusaram-se a ouvir o canto da sereia e decidiram se manter independentes, embora, de maneira geral, seus votos acompanhem os da oposição. Votam com o governo apenas pontualmente.

A mudança real e concreta começou a ocorrer na terça-feira, quando alguns governistas deram sinais de infidelidade. Naquele dia, em sessão tumultuada, a Assembleia votou o reajuste do salário mínimo regional e as emendas que concediam igual aumento para os servidores em geral e para os policiais militares.

O governo, claro, era contra as emendas, mas o líder Romanelli não teve força para conseguir a unanimidade dos seus liderados. Vários deles decidiram desobedecê-lo: os petistas Tadeu Veneri e Professor Lemos e os peemedebistas Edson Strapasson e Mauro Moraes – esse último o autor da emenda que beneficiava os PMs.

Ação rápida

Tanta infidelidade desagradou a Romanelli profundamente. Ele agiu rápido: já que não pode contar incondicionalmente com alguns deputados da base, foi buscar outros dispostos a servi-lo. E encontrou em Cida Borghetti e Duílio Genari seus novos pupilos. Desconhecem-se os argumentos que usou para atraí-los.

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Olho vivo

É o tchan! 1

O que não faz a necessidade de se tornar popular: o vice-governador Orlando Pessuti, candidato de 2010, não se nega a cantar e tocar sanfona sempre que lhe dão chance e a plateia seja grande. Dizem, até, que canta bem. Mas isso já não lhe basta mais. Ele deu, agora, de também fazer coreografias durante os eventos com participação de artistas.

É o tchan! 2

Enquanto um outro cantor (ou dupla) se apresenta, Pessuti, no palco/palanque "interpreta" a letra para o público. Num verso que fala de coração, ele coloca as mãos no peito. Se a música fala chuva, ele sinaliza com gesto de mãos e dedos o cair da água. E assim por diante. É o tchan!

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