Da vice-ministra de relações exteriores do Japão, Midori Matsushima, elogiando o governador Requião pelos investimentos no Porto de Paranaguá, segundo modelo muito semelhante ao adotado pelo governo japonês nos portos públicos do país.

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Está marcada para o dia 12 do mês que vem a audiência na Câmara Federal em que serão ouvidas todas as reclamações que pesam contra a administração do Portos de Paranaguá.

Convocados pela Comissão de Agricultura por proposta do deputado Eduardo Sciarra (DEM), vão depor o diretor da Antaq, Fernando Fialho; o diretor de Portos e Costas da Marinha, almirante Gerson Ravanelli; o conselheiro Luiz Antônio Fayet e o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, Wilen Mantelli.

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Eles prometem repisar o rol de irregularidades já denunciadas pelo Tribunal de Contas da União e pela Antaq e que já mereceram condenações em todas as instâncias judiciais.

O Porto não vai deixar tão logo de ser assunto no Congresso Nacional. É o que promete o deputado Eduardo Sciarra, que ontem tomou posse na presidência da Frente Parlamentar em Defesa da Infra-Estrutura Nacional. A posse foi em Brasília, com a presença de representantes de meio PIB brasileiro.

Responsável pelo debate permanente de questões relacionadas a projetos de infra-estrutura, a Frente vai dedicar atenção especial aos portos – e o de Paranaguá, por sua importância estratégica para o comércio exterior e pelos problemas que acumula, terá tratamento preferencial.

Um erro de 45 anos

Esta coluna, péssima em matemática, cometeu ontem um erro logo notado por atentos leitores: o governo estadual vai levar 50 anos (e não cinco, como foi escrito) para pagar os precatórios acumulados em cerca de R$ 6 bilhões. O erro estava na conta de divisão: os dois últimos orçamentos do estado inscreveram nessa rubrica apenas R$ 120 milhões por ano. Dividindo o total do débito pelo valor anual disponível para pagamento, dá meio século.

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Um desses leitores atentos foi o coronel Elizeu Furquim, presidente da Associação dos Militares Aposentados e Inativos (Amai) da Polícia Militar do Paraná. Revoltado, ele classifica como "desumana" a forma como o governo administra esta questão.

Cita um exemplo: a PM inteira (20 mil homens) reclama na Justiça diferenças salariais não pagas desde 1997 – o que soma muitos milhões de reais –, mas certamente nenhum dos beneficiários de direitos reconhecidos judicialmente estará vivo para auferi-los. "Em 50 anos, talvez nem os netos!", reclama.

Olho vivo

Ministro? 1 – Se prevalecer a vontade de Lula, o Paraná pode ganhar mais um ministro – Jorge Samek, presidente da binacional Itaipu. É o candidato "in pectore" do presidente para substituir ministro Silas Rondeau nas Minas e Energia.

Ministro? 2 – Amigo pessoal de Lula há muitos anos, Samek era ontem um dos nomes mais citados para o posto Rondeau, suspeito de ter recebido propina de R$ 100 mil do empreiteiro Zuleido Veras. O "defeito" de Samek é que ele é do PT, e o ministério está na cota do PMDB.

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Enigma 1 – Quem são os funcionários públicos que viajaram com Requião para o Japão? Essa informação deveria constar, com toda a transparência, do Diário Oficial do Estado, conforme determina a legislação – que ainda exige que se informe o motivo, o período de afastamento, o valor das diárias e a origem dos recursos para pagá-las. Mas nenhuma dessas informações é encontrada no D.O.

Enigma 2 – Os afastamentos de servidores por motivo de viagem devem ser autorizados pelo governador a partir de ofício encaminhado pela repartição, contendo todos esses detalhes. A íntegra do ofício não é publicada e o que se vê é um lacônico "Autorizo conforme especifica" assinado pelo governador. Desse jeito se esconde tudo do distinto público. Ainda outro dia, o D.O. publicou despacho autorizando o afastamento de um servidor do Museu Oscar Niemeyer. Não se sabe se se tratava de Maristela Requião – mas é possível, pois ela acompanha o marido nessa volta ao mundo.

Enigma 3 – Por causa de coisas assim, o deputado Ney Leprevost (PP) apresentou projeto, ontem, exigindo claro detalhamento dos atos publicados no Diário Oficial referentes a viagens. Já a bancada da oposição pediu informações sobre o uso de cartões de crédito corporativo que eventualmente estejam sendo utilizados no périplo.

Recorde – A ausência de Requião deixa mais livre o pessoal da Agência Estadual de Notícias. Ontem, um release comemorou o recorde de 43 mil contêineres movimentados num único mês pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá, "criado há oito anos" – isto é, no governo anterior – e tocado por empresa privada. "É um orgulho que se reflete na economia nacional e local", diz a matéria. Em 2003, a mesma Agência anunciava: "Porto de Paranaguá quer anular contrato com Terminal de Contêineres".