Grevistas dos Correios fizeram passeata pelo centro de Curitiba| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

"As conclusões preliminares mostram que há possibilidade de a Copel entrar para ganhar. Conhecimento de administração e gestão a empresa tem de sobra."

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Do presidente da Copel, Rubens Ghilardi, afiançando a capacidade da empresa de vencer os leilões rodoviários e entrar no ramo do pedágio.

Há uma bomba-relógio pronta para estourar no bolso dos munícipes curitibanos. A potência dessa bomba já chega a mais de R$ 150 milhões – valor que as empresas do transporte coletivo cobram da prefeitura de Curitiba por meio de duas ações que tramitam na 4.ª Vara da Fazenda Pública.

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Uma das ações, no valor de R$ 32 milhões, decorre de 25 dias que a Urbs – empresa municipal que gerencia o sistema – deixou de pagar às empresas de ônibus em 2002. A outra, de R$ 120 milhões, refere-se a um corte de 8% na planilha de custos que o prefeito Beto Richa mandou fazer em 2005 para evitar o aumento da passagem.

A Urbs já assinou um termo de confissão da dívida referente ao não-pagamento de 2002, mas defende-se dizendo que parte dela deve ser honrada pela Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), já que inclui parcela relativa ao transporte integrado que atende municípios da região metropolitana.

Às empresas de ônibus não interessa essa discussão entre Urbs e governo do estado. O que elas querem é receber tudo o que alegam ser devido pelo serviço que prestaram e pelos prejuízos que alegam vir sofrendo desde 2005 por conta da redução dos custos da planilha.

A ordem, por enquanto, é manter boas relações com a prefeitura, muito embora, nos bastidores, sobrem críticas quanto ao atual gerenciamento do transporte coletivo feito pela Urbs.

Os empresários obedecem, mas estranham certas exigências que lhes têm sido feitas e que, segundo eles, só servem para encarecer a tarifa e diminuir a eficiência do transporte. Citam como exemplo os luminosos instalados nos 40 novos biarticulados. Os painéis eletrônicos custaram um total de R$ 600 mil – dinheiro que seria suficiente para acrescentar três novos ônibus na precária frota de alimentadores.

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Olho vivo

TV 1 – Se o ministro das Comunicações, Hélio Costa, obedecer ao prazo regimental a que está obrigado, até o próximo dia 30 vai dizer o que pensa da programação da TV Paraná Educativa. Nesse dia, terá de remeter à Câmara Federal sua resposta aos questionamentos sobre o desvio das finalidades educativas e culturais das suas transmissões, previstas em lei. Costa tem entre suas incumbências vigiar o cumprimento da legislação e punir as emissoras que a transgredirem.

TV 2 – Enquanto isso, já atingiu 6 mil o número assinaturas recolhidas pelo presidente municipal do PMDB, Doático Santos, para um abaixo-assinado em defesa da atual programação. O número é quase igual à audiência da emissora – um traço, se comparado aos índices obtidos pelas tevês comerciais –, mas pode crescer até o fim do mês.

TV 3 – Dedicado assessor especial de Requião, Doático defende que a TV Educativa continue servindo para transmitir ataques à imprensa e a adversários do governo. O abaixo-assinado será encaminhado também ao ministro Hélio Costa, como forma de pressão para que ele não casse a concessão – punição prevista em casos como esse.

Magnífico 1 – Professores da Universidade Federal do Paraná mantêm a carga cerrada contra o reitor Carlos Moreira Júnior. Acabam de distribuir um novo e pesado alerta aos alunos da Universidade do Litoral – um apêndice da UFPR viabilizado em parceria com o governo estadual –, em que afirmam que o MEC sequer recebeu pedidos de registro e autorização dos cursos. Na prática, portanto, não existem.

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Magnífico 2 – "Estamos diante de um sério desrespeito aos direitos individuais e coletivos, pois os candidatos que prestaram vestibulares durante os anos de 2005, 2006 e 2007, para ingresso na Universidade do Litoral, foram simplesmente enganados", diz o texto.