A vida é bela. E fica ainda mais bela quando acasos e coincidências venturosas acontecem. Um desses acasos contemplou a senhora Rosane de Fátima Pires Pereira. No dia 28 de julho, ela foi nomeada para um cargo em comissão (DAS-4) no Tribunal de Contas, de acordo com a Portaria 261/08 assinada pelo presidente Nestor Baptista e publicada no "Atos Oficiais do TC" do dia 8 de agosto. A nomeação saiu cinco dias após o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira conceder a polêmica liminar que garantiu a posse de Maurício Requião como conselheiro do Tribunal de Contas. A venturosa coincidência consiste no fato de a nomeada Rosane Pereira ser esposa do desembargador Xisto Pereira. Só isso.
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Dudu na Secretaria dos Transportes?
Na dúvida sobre se a nomeação de Eduardo Requião, o Dudu, para secretário especial o livraria da obrigação de demitir o irmão, o governador Roberto Requião teria tomado ontem uma decisão mais radical: vai nomeá-lo secretário dos Transportes. Assim, ele seria enquadrado na única exceção prevista na súmula antinepotismo do STF, que prevê que para os cargos de natureza política os parentes podem ser livremente nomeados.
Essa suposta decisão foi revelada logo após o término da sessão baba-ovo que o governador promoveu na "escolinha" de ontem especialmente para enaltecer as qualidades de Eduardo Requião. Já que, como restou provado que o irmão-psicólogo é o melhor administrador portuário do planeta, por que não aproveitá-lo melhor elevando-o à condição de melhor secretário de Transportes do mundo?
A dúvida que subsistia ainda ontem era se, legalmente, Eduardo poderia acumular a nova função com a de superintendente da Appa, o que faria dele o melhor secretário-superintendente da Via Láctea. Se não der para acumular, o novo titular da Appa já estaria escolhido Daniel Lúcio de Souza, atual diretor financeiro. Rogério Tizzot, atual secretário, voltaria à função de diretor do DER.
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Sumiço no escurinho do Palácio
Não foi fácil promover esta suposta reengenharia para fugir dos ditames da Súmula 13 olha aí o número do azar! que proibiu o nepotismo. Tudo começou no dia 20, quando o governador anunciou a nomeação de Eduardo como secretário especial de Assuntos Portuários. Nessa mesma data, o site de legislação da Casa Civil publicava o decreto respectivo, com o número 3.308.
Repentinamente, porém, deram sumiço no decreto. Não houve explicações mas os mais atentos passaram a suspeitar de que alguma coisa diferente estava acontecendo nos cantos escuros do Palácio das Araucárias.
Ontem, o Decreto 3.308 reapareceu. Mas tratando de assunto completamente diverso: tornar sem efeito o Decreto nº 3.580, de 2004, que demitiu Elizabete Moreira. No mínimo, isto significa que Eduardo Requião nunca foi secretário especial de Assuntos Portuários, pois não existe mais o decreto que o nomeou.
O deputado Marcelo Rangel, do PPS, estranhou essa misteriosa movimentação. E ontem endereçou requerimento de informações ao governador e ao chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro.
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Olho Vivo
No Senado 1
O deputado Ricardo Barros, presidente estadual do PP, já não esconde de mais ninguém: quer eleger-se senador em 2010. Organizou o partido nos 399 municípios do Paraná e nos últimos meses tem se dedicado a visitar um por um para sedimentar a estrutura da campanha. Faltam 20 cidades para completar o périplo.
No Senado 2
Barros tem se mostrado um hábil político. Em Brasília, é prestigiado vice-líder de Lula, com trânsito fácil nos ministérios tanto que conseguiu para Maringá, sua terra, mais recursos do que os obtidos pelo governo estadual para o Paraná inteiro. Mas aqui, internamente, atua na oposição. Integra a frente de apoio a Beto Richa, do PSDB.
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