O Atlas da Violência divulgado há duas semanas mostra que o Paraná mantém estagnado desde 2013 o índice de homicídios. Desde aquele ano, após mudanças de gestão implantadas pelo então secretário de Segurança Cid Vasques, o estado registra (com variações decimais) a média de 26,5 assassinatos por 100 mil habitantes. Até o ano anterior (isto é, de 2012 para trás), o índice teimava em ficar na casa dos 32.
Depois de Vasques, ocuparam a Sesp os secretários Leon Grupenmacher, Fernando Francischini e o atual Wagner Mesquita. Ficou tudo igual nesta sucessão com relação ao índice de homicídios, com exceção do curto período de Francischini quando – ao implantar a “cultura da violência” nas ações policiais –apenas conseguiu aumentar o número de mortos em confrontos com policiais. Segundo o Atlas da Violência, nos dez anteriores era de 19 por ano o número de mortos em confrontos, mas em 2015 (com as polícias já contaminadas com a “cultura da violência” de Francischini), este número subiu para estratosféricos 246. Entretanto, o índice geral de homicídios não saiu dos mesmos 26,5 herdados da era Cid Vasques. O que deixa claro que violência policial é ineficiente para reduzir a criminalidade.
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Paraná tem duas cidades entre as 30 mais violentas do país
Leia a matéria completaSe, de acordo com o Atlas da Violência, o índice de homicídios no Paraná ficou estagnado, o número de roubos cresceu nada menos de 24% na comparação entre 2015 e 2016, conforme apontam estatísticas da secretaria de Segurança Pública.
Especialistas dizem que o crescimento dos índices de furtos e roubos estaria correlacionado com a crise econômica e o aumento do desemprego – mesma desculpa antes empregada para justificar os altos índices de homicídios. A crise e o desemprego aumentaram, mas por que os homicídios mantiveram-se no mesmo patamar?
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Um último dado vindo de fontes judiciais: no Paraná, apenas 8% dos culpados por assassinato são levados a julgamento e condenados. Quase todo o resto continua em atividade.
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