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“Isso não é o fim. Isso não é nem o começo do fim. Mas talvez este seja o fim do começo...” A famosa frase de Winston Churchill, dita quando das primeiras vitórias contra os exércitos de Hitler na Segunda Guerra, aplica-se ao que o Brasil viverá neste domingo (17). Em meio a pesado clima de tensão, a Câmara Federal vai decidir se o processo de impeachment será aprovado e encaminhado à decisão final pelo Senado.

A expectativa, segundo as previsões vigentes até a antevéspera, é de que “eles” – isto é, os que são contra o governo e o PT – vão derrotar a presidente Dilma Rousseff. Mas, independentemente do resultado, “talvez este seja [apenas] o fim do começo”. Não será o fim nem o começo do fim.

Se mais de 342 deputados aprovarem o impeachment, caberá à Câmara encaminhar a decisão ao Senado que, por sua vez, precisará aprovar (ou não) a instauração do processo, com consequente afastamento preventivo da presidente por 180 dias e posse do vice Michel Temer. Isto lá ainda no mês que vem.

Portanto, a votação deste domingo – ainda que interrompa o processo de afastamento – não colocará fim à crise. Para começar, porque a sociedade continuará dividida e insatisfeita com qualquer resultado. Depois, porque os grupos políticos permanecerão agitados e ocupados com seus eternos jogos por poder e cargos. Seja com Dilma ou com Temer, relativa paz só se alcançará se houver mais entendimento e diálogo e menos radicalização.

Mais: a crise não se esgota na trincheira política; ela avança sobre o terreno da economia – onde soluções para problemas como inflação, recessão, desemprego, corrupção, gestão pública... não surgem com o aspergir do mágico pó de pirlimpimpim.

A votação de domingo talvez ainda não será o fim do começo.

Olho Vivo

Coletes 1

Enquanto a secretaria estadual da Segurança Pública não fornecer coletes balísticos novos e comprovadamente seguros, os delegados da Polícia Civil do Paraná devem evitar promover ou participar de operações que envolvam risco de morte para si próprios e para seus comandados. A recomendação foi feita pela Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), em documento distribuído aos seus associados na última sexta-feira (15).

Coletes 2

Assinado pelo presidente, delegado Ricardo Noronha, o documento da Adepol reconhece que o risco de mortes ou de ferimentos em confrontos é inerente à atividade policial, mas este risco “não pode ser incrementado pela omissão estatal” em fornecer eficazes equipamentos de proteção às polícias. A Adepol foi uma das primeiras entidades a denunciar que o governo vinha “recauchutando” coletes vencidos e que, mesmo após os reparos feitos por costureiras num galpão em Almirante Tamandaré, eles não resistiam aos testes realizados pela Delegacia de Armas e Munições e pelo Exército Brasileiro.

Enfim Justus 1

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça pedirá a retirada de estranhos e fechará as portas quando, nesta segunda-feira (18), chegar a hora de julgar o processo 1344220-7. O réu desta ação – que corre em segredo de justiça – é o ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus, acusado de improbidade pelo Ministério Público Estadual.

Enfim Justus 2

O julgamento (se não for adiado) ocorrerá seis anos após as revelações do escândalo dos “Diários Secretos” pela Gazeta do Povo e RPC. Mais de 30 pessoas, entre deputados e servidores da Assembleia, foram responsabilizados pelo desvio de R$ 200 milhões utilizando-se do velho método de nomear funcionários fantasmas – cujos salários, no entanto, eram desviados para o grupo. Justus responde perante o Órgão Especial por ter prerrogativa de foro, mas alguns outros participantes do esquema, que não contam com este privilégio, já foram condenados e presos.

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