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"Se descarregar realmente tirasse a raiva, ISSO deveria resultar na redução tanto da raiva quanto da agressão. Infelizmente, os resultados mostram efeito contrário."

De Jeffrey Lohr, professor de psicologia da Escola de Artes e Ciências da Universidade de Arkansas, em estudo em que recomenda respirar fundo e tentar relaxar.

Acendeu a luz vermelha nas contas do governo estadual: segundo previsão da Secretaria da Fazenda, o estado deixará de arrecadar nada menos de R$ 668,3 milhões em relação ao que estava previsto no orçamento de 2007.

Por causa dessa previsão, o secretário Heron Arzua encaminhou ofício (n.º 031/2007) a todas as autoridades gestoras pedindo cautela nos gastos. Para comprovar sua preocupação, anexou à correspondência outro ofício (n.º 005/2007), assinado pelo inspetor-geral de Arrecadação, Marlon Jorge Liebel, que alerta para o decréscimo da arrecadação do ICMS – fenômeno que vem sendo observado desde o segundo semestre do ano passado.

Pela projeção orçamentária, o Tesouro estadual esperava arrecadar este ano R$ 7,6 bilhões em ICMS, mas a paulatina queda no ritmo de crescimento da receita já autoriza a previsão de que quase 10% desse valor não chegarão aos cofres públicos.

Para se ter idéia do que isso significa, basta lembrar que a proposta de construir as tais "Estradas da Liberdade" custaria, segundo Requião, R$ 200 milhões. Não se sabe se, diante da nova realidade, este projeto é que será sacrificado, mas, sem dúvida, outros o serão, total ou parcialmente.

Mas a maior e mais grave de todas as indagações que aparecem é a seguinte: se o crescimento da receita tributária é resultado do crescimento da atividade econômica, o Paraná teria parado de crescer?

O deputado Eduardo Sciarra (PFL), que teve acesso ao documento da secretaria da Fazenda, interpreta o fato como um grave sintoma da falta de clima para investimentos no Paraná.

Saúde é o que interessa

O Conselho Nacional de Saúde aprovou moção de repúdio aos governadores que pretendem descaracterizar a Emenda Constitucional 29 – aquela que determina que os governos devem gastar pelo menos 12% da receita em saúde pública.

Uma proposta do governo do Paraná, referendada por outros estados, defende que despesas em saneamento básico e planos de saúde do funcionalismo sejam considerados no cálculo – coisa que os profissionais da área acham um absurdo.

Ontem, os três ministros que estiveram em Curitiba – Guido Mantega, Paulo Bernardo e Tarso Genro – tomaram conhecimento da insatisfação desses profissionais. Capitaneados pela presidente da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns, dezenas de manifestantes portando faixas e cartazes protestaram contra a tentativa, nascida no Paraná, de burlar o espírito da lei.

Olho vivo

Opção preferencial 1 – Levantamento publicado ontem pelo site do jornal O Globo aponta que o governador do Paraná é o que percebe o maior salário dentre todos os 27 do país: R$ 24,5 mil – quase o triplo do que ganha o presidente da República. Vinte e cinco outros governadores também ganham mais que Lula. Só há uma exceção: a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, ganha R$ 7.140,70 – um exemplo de aplicação prática e pessoal da Carta de Puebla.

Opção preferencial 2 – Por falar em altos salários, algo do gênero pode estar acontecendo no âmbito da Cohapar, pois parecem ser eles (os salários) o objeto da curiosidade manifestada ontem pelo deputado Jocelito Canto. Em pedido de informações que será votado semana que vem, o parlamentar quer saber quanto ganha cada um dos diretores, gerentes e assessores da empresa pública. Quer saber se é verdadeira a notícia de que foi criada a Diretoria de Assuntos Comunitários, quem foi nomeado para ocupá-la e de quanto será seu salário.

Favas contadas 1 – Dos 18 membros titulares da comissão executiva do PSDB paranaense, 13 vão votar a favor de o partido declarar-se oficialmente de oposição ao governo estadual na reunião de segunda-feira próxima. Dos cinco restantes, três acham que não é hora de tratar desse assunto e apenas dois defendem o alinhamento com a situação. Seriam favas contadas, portanto, as providências que serão tomadas após a aprovação da moção de rompimento: quem quiser permanecer tucano, terá de se afastar do governo.

Favas contadas 2 – Apesar da maioria esmagadora, prevê-se clima quente na reunião. Os três representantes do grupo ligado ao senador Alvaro Dias vão brigar para manter o partido equilibrado no muro.

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