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Coisa chata, chatíssima: o quartel de abrantes não produziu novidades ontem. De novo. Nem Osmar Dias se declarou candidato (ou não!) nem Orlando Pessuti o fez (ou não!). Ficou tudo para ser decidido amanhã, talvez às 23h59, prazo fatal determinado pela legislação eleitoral para que os partidos realizem convenções e, se acharem por bem, digam se querem ter candidatos a governador – ou não!

Tanto o PT, quanto o PMDB e o PDT fixaram esse prazo para ver se, até lá, conseguem armar a barraca que abrigará todos eles. Cada qual tem seus problemas a resolver, tendo como ponto central o drama existencial de Osmar Dias, que ainda não disse publicamente se pretende manter a candidatura a governador mesmo que o irmão Alvaro seja confirmado como vice da chapa do presidenciável José Serra.

O PDT havia marcado para hoje o fim da convenção estadual que abriu no dia 10 de junho, segundo comunicado urgente que distribuiu aos seus filiados. Achou melhor transferir para amanhã, com poderes totais para que a comissão executiva decida o que achar melhor. O mesmo fez o PT.

O PMDB foi pelo mesmo caminho, com uma diferença fundamental: a decisão será do diretório estadual, formado por 40 pessoas, a maioria obediente à orientação do governador Orlando Pessuti, e não pela comissão executiva, cujos oito membros obedecem o ex-governador Roberto Requião. Requião sente o peso da diferença: na convenção aberta domingo, a turma de Pessuti era maioria e não poupou o ex-líder de vaias enquanto discursava defendendo apoio do partido ao pedetista Osmar Dias.

Olho vivo

Fato novo

Em meio à muvuca em que se afundou a sucessão paranaense, um fato novo pode ocorrer na tarde de amanhã, finzinho do prazo legal para definições de candidatos. O fato novo deve surgir na convenção do PPS, disposto a lançar candidato próprio ao governo desde que Beto Richa e Osmar Dias romperam suas relações políticas. Quem apostar que o candidato do PPS será seu presidente, Rubens Bueno, arrisca perder. Não, não seria ele – mas a filha Renata Bueno, vereadora em Curitiba, que, entre outras qualidades como parlamentar, associa a cultura e a beleza. Claro, vai perder a eleição diante dos gigantes que terá como adversários, mas pavimenta o caminho para virar deputada na próxima eleição.

O tempo voa 1

Está marcada para amanhã nova sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça que, entre outros assuntos, deverá se pronunciar sobre o caso do corregedor Valdemar Rocha, desembargador que conseguiu em cartório adiar para 30 de outubro a comemoração dos seus 70 anos, em vez do passado 30 de maio, conforme constava na certidão de nascimento que utilizou quando de seu ingresso na magistratura. A pretensão era retardar em cinco meses a aposentadoria compulsória por idade.

O tempo voa 2

Embora o CNJ já tivesse, antes, se manifestado pela irregularidade do procedimento, o desembargador Valdemar obteve do colega Leonardo Lustosa uma liminar que reconhece o seu direito de mudar a data de nascimento. É esta liminar que pode ser mantida ou derrubada na sessão de amanhã do Órgão Especial. Há um porém: o processo está nas mãos de outro desembargador, Rafael Cassetari, que na sessão anterior pediu vista. Se Cassetari não comparecer, o assunto só voltará a ser examinado em agosto, já que, em julho, ele estará em férias. E, em se transferindo para agosto, faltarão apenas dois meses para a data esticada pretendida pelo corregedor. O tempo voa.

Posse

Por falar em Tribunal de Justiça: já estão sendo distribuídos os convites para a posse do seu novo presidente, desembargador Celso Rotoli de Macedo, e do 2.º vice-presidente, Sérgio Arenhart. Eles assumem os cargos em caráter "tampão", já que os titulares – respectivamente, Carlos Hoffmann e Manassés de Albuquerque – foram atingidos pela compulsória antes do término do mandato, que se daria em 1.º de fevereiro de 2011.

Em nome da lei

Ex-delegado da Polícia federal e ex-secretário municipal Antidrogas Fernando Francischini lança amanhã, na Unicuritiba, o livro Em nome da lei. Ele conta sua experiência de combate à drogas nos dois cargos que ocupou, com destaque para o episódio em que comandou a prisão do megatraficante colombiano Juan Carlos Abadía, em 2006.

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