"A viagem do governador para o Japão e para a França é extremamente oportuna."
Do deputado Élio Rusch, lembrando que, com isso, Requião se livra do ônus pessoal de proceder a desocupação da fazenda Syngenta, cujo prazo termina hoje.
Até parece um pleonasmo, mas a guerra intestina que se trava na Sanepar a empresa que cuida dos esgotos do Paraná prossegue com o vigor de uma disenteria desenfreada. A vítima do momento é o diretor de Relações com o Mercado, Germinal Pocá, há tempos incompatibilizado com o presidente da empresa, Stênio Jacob.
O nome de Pocá apareceu em notícia segundo a qual ele estaria disposto a também depor na Assembléia Legislativa sobre irregularidades dentro da empresa. Como o próprio não confirmou e nem a bancada de oposição recebeu qualquer pedido dele, os intérpretes da nota acusam membros da diretoria da Sanepar de ter plantado a notícia para incompatibilizar Pocá com o governador Roberto Requião. Que assim promoveria sua demissão do cargo de diretor.
O vice-líder da oposição, deputado Élio Rusch, define a falsa informação como uma tentativa de "fritura" de Germinal Pocá. Outros intérpretes do acontecimento julgam que as implicações são muito maiores. Na verdade, afastando-se Pocá, o que se pretende é acabar com Núcleo de Avaliações da Sanepar, contra o que ele se insurge. Esse Núcleo criado para evitar que a empresa continuasse pagando mais do que o preço justo pelas desapropriações que faz tornou-se um incômodo. Para Stênio e outros diretores fiéis, o melhor estranhamente é que as avaliações fossem feitas por escritórios terceirizados.
Fontes internas da Sanepar, insatisfeitas com a condução da companhia nos últimos três anos, dizem que não há justificativa técnica ou de eficiência a justificar a terceirização de avaliações. É elementar: sendo feita internamente, há resposta direta e acesso direto a informações da empresa; os avaliadores estão sempre à disposição. E podem ser facilmente fiscalizados e responsabilizados no caso de tentarem superfaturar o valor das desapropriações.
Olho vivo
Pomar 1 Tem gente muito apreensiva no Paraná com os possíveis desdobramentos da Operação Pomar, cumprida anteontem pela Polícia Federal. A PF prendeu uma quadrilha especializada em fraudar licitações para construção de casas populares que operava em municípios de São Paulo e Paraná.
Pomar 2 Parte dos presos (16) pertence à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), a equivalente paulista da paranaense Cohapar. Segundo as investigações do Ministério Público e da Polícia Civil de São Paulo, prefeitos e funcionários públicos beneficiavam empresas que vendiam material e treinavam os moradores para a construir no sistema de mutirão.
Pomar 3 Denúncias semelhantes, a respeito de programas de treinamento e terceirização de mão-de-obra tidos como falsos ou ilegais , envolveram a administração da Cohapar dos últimos quatro anos. O novo presidente da Cohapar, Rafael Greca, poderá requisitar cópia do inquérito da polícia de São Paulo para orientar possíveis investigações no Paraná.
A conferir 1 A procuradora-geral do Estado, Jozélia Broliani, voltou de Brasília com o que considera uma boa notícia: até o próximo dia 31, o ministério da Fazenda deverá encontrar a solução para que o Paraná seja desobrigado de pagar a multa de R$ 10 milhões mensais por não honrar os títulos de Santa Catarina, Osasco e Guarulhos que entraram quando da renegociação da dívida do estado com a União no fim dos anos 90.
A conferir 2 Esta é a enésima promessa do Governo Federal desde 2003. Foi feita até mesmo pelo presidente Lula e diretamente a Requião. Nunca foi cumprida. Gente bem postada na equipe econômica de Brasília diz que o atendimento é mais do que improvável, pois a suspensão da multa (e devolução do que já foi pago) depende de mudanças legislativas. Algo que a área técnica resiste em propor por temer o efeito dominó que beneficiaria outros estados incluídos naquela renegociação.
TV laranja 1 O deputado Luiz Carlos Martins, líder do PDT na Assembléia, obteve ontem da bancada governista o compromisso de que serão esclarecidas a dúvidas que ainda subsistem sobre suspeitas quanto a legalidade do processo de compra e sobre o preço pago pela secretaria da Educação na aquisição de 22 mil televisores, de cor laranja.
TV laranja 2 O parlamentar considerou incompletas as explicações dadas pela secretaria ao seu pedido de informações. Não explicou, por exemplo, de quanto foi o desconto concedido pela empresa vencedora da licitação (a indústria de móveis Cequipel), já que, por lei, operações desse tipo gozam de isenção do ICMS. Luiz Carlos Martins considera "espantoso" o fato de a secretaria desconhecer a informação.
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