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"Como democrata, repudio o voto de repúdio."

Do líder governista na assembléia, Luiz Cláudio Romanelli, recomendando à sua bancada voto contrário à moção de repúdio a Hugo Chávez pelo fechamento de emissora de TV venezuela.

Nem sempre as soluções serão salomônicas, mas o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, vai dedicar os próximos dias a encontrá-las. Ele pretende apaziguar os ânimos, que andam exaltados, entre o governo estadual e a prefeitura de Curitiba em torno da disputa por verbas do PAC para projetos habitacionais.

Na semana passada, representantes da Cohab/Curitiba e da Cohapar estiveram em Brasília para reivindicar verbas ao ministro – algo em torno de R$ 130 milhões para cada lado. O problema é que alguns dos projetos considerados prioritários se sobrepõem, com pequenas diferenças de concepção ou de valor.

A urbanização da favela do Parolin é o maior deles e também o melhor exemplo de duplicidade. Tanto a prefeitura quanto o estado pretendem fazer praticamente as mesmas coisas para regularizar a propriedade e construir moradias para as cerca de 1.500 famílias que habitam a área, ao custo de cerca de R$ 35 milhões. Situações parecidas se repetem na Vila Formosa e Ferrovila.

Paulo Bernardo pretende insistir em que os projetos a serem executados sejam resultado de um consenso civilizado entre Cohab e Cohapar, com a anuência do governo federal. Vai insistir nisso – uma espécie de acordo tripartite.

Se, no entanto, não obtiver esse acordo pacífico, vai usar a prerrogativa de quem é o dono da "bola" – isto é, do dinheiro federal destinado a financiar os projetos incluídos no PAC – e decidirá ele próprio o destino dos recursos, sem se importar com os desdobramentos eleitorais da decisão.

Aliás, no fundo, o combustível da guerra entre Cohab e Cohapar é exatamente a eleição de 2008. O prefeito Beto Richa, candidato à releição, quer melhorar seu portfólio de obras na cidade, enquanto que, do outro lado, está o presidente da Cohapar, Rafael Greca, com a intenção de candidatar-se ao cargo.

Para qualquer um dos dois, a grana do PAC para moradias faria um bem eleitoral danado...

Nonato na navalha

Durante a Operação Navalha, grampos telefônicos da Polícia Federal flagraram um certo Nonato traficando influência em favor do patrão, Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama. A rádio CBN transmitiu diálogos registrados pela PF em que Nonato conversa com Rodolpho, filho de Zuleido. E quem é Nonato?

Nonato é o advogado e jornalista Dilermando Nonato da Costa Cruz, assessor do governador Roberto Requião, nomeado em 19 de maio de 2004 por meio do Decreto n.º 2952, publicado no Diário Oficial n.º 6.732. Do decreto consta que seu RG é 10152052 e que o cargo que exerce é o de "Assessor da Governadoria – Símbolo DAS-2, da Assessoria do Governador".

Olho vivo

Transparência 1 – "Vamos devolver à administração pública a mais absoluta transparência, envolvendo a sociedade na fiscalização da ação governamental, dando a ela condições e meios para que essa fiscalização seja feita com todo o rigor." A frase é do discurso de posse de Requião em 1.º de janeiro de 2003. Não é o que se vê no Diário Oficial.

Transparência 2 – No exemplar do dia 21, à página 4, quatro despachos do governador concedem gratificações para funcionários, mas seus nomes, ao contrário do que era praxe, não aparecem. O curioso é que em outros quatro despachos com mesmo objetivo, os servidores beneficiados estão devidamente identificados. Seriam "fantasmas" os primeiros? Por que a diferença de tratamento?

De oposição – A deputada Cida Borghetti, do PP, não gostou de ver seu nome incluído entre os sete parlamentares que, segundo levantamento da coluna, formariam o bloco dos independentes. "Não – disse ela –, sou de oposição a Requião". Com sua declaração, a bancada oposicionista – que se dizia ter 14 membros – na verdade tem 15.

Desgostoso 1 – Promovido para o reluzente cargo federal de presidente do Serpro, o ex-presidente da Celepar, Marcos Mazoni, viajou para Brasília com a mala cheia de mágoas. Petista indicado a Requião por Tarso Genro em 2003, Mazoni durante certo tempo era o "enfant gâté" do regime bolivariano instalado no Paraná por sua luta contra o imperialismo da Microsoft.

Desgostoso 2 – A amigos, confessou que, nos últimos tempos, só recebia atenção do procurador Sérgio Botto. Com Requião, que costumava recebê-lo com tapetes vermelhos, já não falava há quatro meses.

Frota – Custou barato, apenas R$ 80 mil (importância paga em cheque) o Jaguar que pouco sai do Cangüiri. O importado inglês enriquece a frota da família: um Audi TT em Brasília; outro Audi entregue à filha; um Peugeot 307 conversível. Os Audi’s vieram de Apucarana, adquiridos na Ciavema. O Peugeot é compra recente, feita com o proprietário anterior, Virgílio Moreira. Há também um jipe 51 e um fordeco, ambos de coleção.

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