• Carregando...

"O PMDB será duro, mas sem perder a ternura."do secretário-geral do PMDB do Paraná, o primeiro-sobrinho João Arruda, sobre a reunião do partido, amanhã, que discutirá a expulsão do deputado Reinhold Stephanes por infidelidade.

O que Eduardo Requião faz num dia a Justiça desmancha no outro. Esta tem sido a rotina na administração do Porto de Paranaguá, submetido nos últimos anos a uma insuportável instabilidade, cujos resultados têm sido funestos para (1) o desempenho do terminal, (2) para a segurança jurídica e operacional dos usuários e (3) para a própria economia do Paraná.

Na última sexta-feira, por exemplo, foram baixadas três importantes decisões judiciais que colocaram por terra medidas estapafúrdias criadas pelo superintendente dos portos paranaenses, sempre com o irrestrito e costumeiro apoio do irmão, o governador Roberto Requião.

As ações na Justiça – todas patrocinadas pelo escritório do advogado Cléverson Teixeira, representando a Associação Comercial e Industrial de Paranaguá – fazem com que:

- O silo público – o conhecido "silão" – passe a armazenar também soja transgênica. Até agora, por ordem de Requião, só soja convencional podia entrar lá. O resultado? Simples: como 90% do produto que chega a Paranaguá é transgênico, o "silão" permanecia quase vazio.

- Os comandantes de navios (!) ficam livres da obrigação de não misturar soja transgênica com convencional no porão dos cargueiros. Ordem se serviço assinada por Eduardo Requião extrapolava absurdamente a sua competência.

- Os caminhões carregados de soja já podem sair do mais longínquo interior (do Paraná ou do Mato Grosso) sem precisar identificar com precisão o nome do navio, a hora da atracação e o momento em que deveriam descarregar – como determinava outra ordem surreal agora.

É difícil saber se o administrador dos portos vai se conformar com tais decisões ou se não criará outros embaraços. A única coisa que já se sabe é que, por conta de tudo quanto já fez, Paranaguá deixou de ser o principal terminal graneleiro do país, a cidade perdeu centenas de empregos, portos de Santa Catarina só progrediram e o Paraná acumulou prejuízos de bilhões.

PT quer explicações da Copel

O deputado Tadeu Veneri, do PT – partido que integra a bancada de apoio ao governo estadual na Assembléia – sobe à tribuna nesta segunda-feira para cobrar explicações sobre uma licitação em curso na Copel. O assunto já foi tratado nesta coluna há dias e diz respeito à suspeita de que estaria direcionada para a empresa Telemática a contratação de serviços de informática requeridos pela companhia energética.

Impugnado, o processo de licitação por pregão eletrônico acabou tendo de ser suspenso sine die pela Copel. De início, numa primeira fase, o valor do contrato seria de "apenas" R$ 2,6 milhões. Ocorre que, em razão de especificações técnicas restritivas, os demais centros operacionais da Copel no interior do estado exigiriam obrigatoriamente o emprego da mesma solução tecnológica. Que só a Telemática poderia implementar. O que elevaria o custo total para R$ 38 milhões até o final de 2008.

Veneri já pediu informações oficiais a respeito. Mas como não obteve resposta, vai desfiar suas apreensões na tribuna.

Olho vivo

Onde tá tu? – Parece ter tomado chá de sumiço o assessor especial Doático Santos – antes um indomável agitador das massas. Incumbido por Requião de ser "sombra" do prefeito Beto Richa, uma espécie de anjo vingador, Doático recolheu-se a um estranho mutismo nas últimas semanas. Aparentemente para evitar riscos maiores de enredar-se na CPI da Câmara Municipal que investiga invasões de terrenos na capital. Ou talvez porque, enfim, a direção do PMDB percebeu que foi sua culpa o fato de o partido ter perdido todos os vereadores que elegeu na capital em 2004.

De prontidão – Arquivo ambulante de tudo quanto de bom e ruim aconteceu no governo nos últimos quatro anos, o ex-procurador geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, anda muito aborrecido com algumas pessoas do staff de Requião. Em prontidão permanente, avisa que está disposto a trocar chumbo. Para precaver-se de novas surpresas, já organizou o arsenal, ensarilhou as armas e as deixou apontadas para os alvos que identifica como autores de estripulias recentes que aprontaram contra ele. Este é o resultado de um governo que se desmonta internamente por conta de intrigas consentidas ou estimuladas pelo próprio chefe.

Mudança – O Ministério dos Transportes comunicou sexta-feira ao deputado Eduardo Sciarra (DEM/PR) que a construção de uma praça de pedágio antes da Estrada da Graciosa, na BR-116, sentido Curitiba/São Paulo, teve sua posição alterada. A praça deverá ficar no km 56, junto ao atual posto da Polícia Rodoviária Federal, após a entrada para a Graciosa, evitando o pagamento de pedágio para os turistas que quiserem conhecer a centenária rodovia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]