"O paraná não pode ter só esta agenda. Também queremos discutir projetos de infra-estrutura e investimentos."
Do presidente estadual do PT, deputado André Vargas, sobre o pedido de Requião para que a bancada paranaense o ajude a livrar-se da multa de R$ 10 milhões por mês imposta pelo Tesouro da União.
O Porto de Paranaguá será submetido nos próximos dias a uma inspeção judicial "in loco". Juízes, assessores e peritos designados pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região vão visitar as instalações do terminal e ouvir representantes de todos os segmentos que operam no terminal.
A inspeção foi decidida na última sexta-feira. A desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler já iniciou os entendimentos para realizá-la o mais brevemente possível. O juiz Márcio Antônio Rocha que também na sexta-feira decretou provisoriamente que o "silão" público seja preservado para armazenar apenas soja não-transgênica afirmou em seu despacho que só após a inspeção, "com melhor conhecimento, se poderá dar outro encaminhamento a tais questões" isto é, às intermináveis ações que abarrotam as mesas do Tribunal Regional.
Por enquanto, como nem ele nem os demais juízes que compõem o TRF conhecem a realidade do porto com a profundidade necessária, o Márcio Rocha preferiu acatar provisoriamente o recurso da Administração dos Portos contra sentença do juiz federal de Paranaguá que, na semana passada, determinou a abertura do "silão" também para armazenar soja transgênica.
A expectativa da comunidade portuária é de que, após a inspeção, os juízes eliminem todas as dúvidas quanto à necessidade de uma solução urgente e definitiva a respeito do uso do "silão". Provavelmente, os magistrados concluirão que o silo público ficará ainda mais perto de se tornar um gigante inútil se prevalecer a exclusividade para soja convencional.
É que 90% das cargas que chegam a Paranaguá são transgênicas ou estão contaminadas com grãos modificados acima do porcentual permitido. Por esta razão, o silo público o maior do porto, com capacidade para 100 mil toneladas vem operando com grande ociosidade. Enquanto isso, as multinacionais enriquecem com a cobrança de aluguéis exorbitantes dos exportadores que não dispõem de silos próprios para estocar o produto não aceito no "silão".
Olho vivo
O soneto... Gente que conhece tudo a respeito dos critérios para tombamento por motivos históricos ou culturais alerta para o perigo que ronda a pracinha do Batel se a medida for aprovada pela Secretaria Estadual da Cultura, como pretende um pedido já encaminhado pelo grupo que defende a preservação do logradouro. Segundo o especialista, a emenda pode sair bem pior do que o soneto.
...e a emenda A explicação é a seguinte: o eventual tombamento implicaria na recomposição das características originais do local. Ora, originalmente, havia ali a Rua Miguel Couto uma só pequena quadra, bem em frente ao edifício Napoleão Sbravatti. Esta rua foi fechada em 1973 pelo então prefeito Jaime Lerner justamente para propiciar a expansão da praça, que tomou o mesmo nome da rua. O tombamento devolveria ao local a extinta rua e a pracinha perderia do mesmo modo as suas características atuais, motivo de toda a celeuma.
Apagão telefônico 1 Se você estava esperando aquele telefonema de Paulo Bernardo e não recebeu a prometida ligação, desculpe-o. É que o ministro do Planejamento perdeu seus dois celulares, nos quais estavam registrados mais de 300 números de amigos e pessoas muito importantes do país inclusive o secreto do presidente Lula.
Apagão telefônico 2 Seus dois telefones sumiram junto com toda a bagagem que levou para o Chile na semana passada para participar da 9.ª Conferência Ibero-Americana de Ministros de Administração Pública e Reforma do Estado. Apesar das reclamações e promessas da companhia aérea, as malas e celulares extraviados não haviam reaparecido até ontem. Em tempo: os números de Lula já estão na agenda do novo celular de Paulo Bernardo.
Guardião Em dimensões pouco menores que as adotadas pela Polícia Federal em Brasília, funciona na Secretaria de Segurança do Paraná o "Guardião", equipamento capaz de grampear simultaneamente 600 telefones, fixos ou celulares. É claro que, pela lei, a escuta só pode ser feita se previamente autorizada pela Justiça após bem fundamentado pedido.
Adeus Batalhadora incansável pela restauração da moralidade na Sanepar e crítica persistente do jeito como se governa o Paraná, a jornalista Emília Gomes Teixeira morreu ontem, vítima de acidente na BR-376, quando voltava de Florianópolis. Militante política durante os anos de chumbo, não se deixava enganar pelas demonstrações pseudo-esquerdistas tão em voga no governo paranaense nos últimos tempos.
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