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Criminalização 1

O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), condenou nesta segunda-feira (6) o que chamou de “tentativa de criminalizar” o governador Beto Richa (PSDB) envolvendo-o no caso do primo Luiz Abi – privilegiado frequentador de gabinetes do Palácio Iguaçu e atualmente investigado por suposta fraude em licitação de oficinas mecânicas para manutenção da frota oficial. Romanelli respondia a um discurso do líder da oposição, deputado Tadeu Veneri (PT), que se mostrava surpreso com a dificuldade do governador de admitir parentesco ou maior proximidade com Abi.

Criminalização 2

Para Romanelli, a pretensa criminalização parte da imprensa, que diariamente revela fatos até da vida privada da família do governador e que não dizem respeito ao interesse público. Um dos fatos foi a recente descoberta de que a primeira-dama Fernanda Richa foi sócia da mulher de Luiz Abi numa empresa de ensino universitário em Londrina. Romanelli tem razão: não se pode recriminar (ou criminalizar) negócios particulares lícitos da família – em compensação, os críticos também têm razão: já não é mais possível Beto Richa negar que mantinha com Abi apenas fortuito “convívio social”.

Vaga 1

O apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, desmente ter sugerido nomes ao governador Beto Richa para preenchimento da vaga de secretário da Comunicação Social. Não teria mencionado o nome de Ney Braga Alves (diretor da Rede Massa) nem o de Paulo Martins, ex-comentarista do noticioso matutino da TV Massa no Paraná, quase eleito deputado federal pelo PSC na última eleição.

Vaga 2

A vaga continua vaga, salvo pela interinidade que vem sendo cumprida pelo chefe de gabinete Deonilson Roldo. A última especulação colocava no lugar de secretário o jornalista Paulo Kraus, atualmente diretor da Copel.

Consensual?

Será colocado hoje na pauta de votações da Assembleia o novo projeto de reforma da Paranaprevidência. Estariam sanados os pontos mais polêmicos do projeto original – aquele que previa a transferência dos recursos da instituição previdenciária dos servidores para o caixa do governo. Após protestos e depois de conversações demoradas com a oposição e entidades de representação do funcionalismo, o projeto teria se aproximado do consenso entre as partes interessadas.

Durante anos administrador das finanças da Igreja Mundial do Poder de Deus – aquela dirigida pelo apóstolo Valdemiro Santiago –, o deputado Ricardo Arruda (PSC) será o relator do caso do deputado Nelson Justus, levado ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa. Foi indicado para a relatoria por outro parlamentar neo-pentecostal, o pastor Edson Praczik, da Igreja Universal do Reino de Deus, presidente do Conselho. Ligando-se o lé com o cré, tudo leva a crer – embora não seja uma questão de fé – que o futuro de Justus a Deus pertence.

Arruda é um homem de convicções cristãs firmes e acredita – conforme discurso que pronunciou em 2013 quando exerceu mandato de deputado federal na condição de suplente – na missão de sua igreja de resgatar “milhões de pessoas da aflição e da insensatez, oferecendo-lhes um caminho de fé, solidariedade e dignidade, a partir do qual podem reconstruir suas vidas no plano material e espiritual, e assim, contribuir para todo avanço da sociedade”.

Tais convicções poderão agora ser aplicadas por Arruda quando da elaboração do seu relatório sobre o deputado Nelson Justus, contra quem pesa a acusação de contratações de comissionados às pencas para seu gabinete e de desvios milionários na Assembleia no período em que exerceu, por quatro anos, a presidência da Casa.

Além do Além, o relator-deputado-missionário Ricardo Arruda poderá ser influenciado pela opinião do presidente do seu partido, o secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Jr. Quando do “pacotaço” de fevereiro, Ratinho orientou os 12 deputados da bancada do PSC, a mais numerosa e decisiva da Assembleia, que se posicionassem “de acordo com suas consciências pessoais”.

Dez deles, conscientemente, aderiram à ideia de aprovar a votação do “pacotaço” em regime de Comissão Geral. No dia seguinte tiveram de embarcar no camburão para voltarem à Assembleia. Arruda estava entre os passageiros do camburão. Apenas dois deputados do PSC foram contra a instalação da Comissão Geral: Paranhos e Evandro Araújo.

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