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Orlando Pessutti para o Senado. Esta era a voz corrente ontem à tarde, entre a turma do PMDB, tão logo o TRE anunciou sua decisão de derrubar a aliança do partido com o PSDB. Seria o nome politicamente mais viável para formar a chapa majoritária ao lado do candidato à reeleição ao governo do estado, Roberto Requião.

Se o nome de Pessutti for o aclamado para a posição, o senador tucano Alvaro Dias perde o privilégio que a coligação lhe garantia de concorrer à reeleição sem ter de enfrentar candidatos fortes. Gleisi Hoffmann, do PT, com seus 2% de preferência na pesquisa Ibope, não era ameaça diante dos 54% de Alvaro. Com Pessutti, a tranqüilidade não será a mesma.

O meia-volta-volver decretado pela Justiça Eleitoral traz outras graves conseqüências aos que sonhavam com a aliança. O presidente da Assembléia Hermas Brandão, por exemplo, que liderou a debandada tucana para o lado de Requião e era seu candidato a vice, não poderá concorrer nem para deputado estadual. Prevenido, ele deixou um "laranja", o desconhecido Mário Pereira, reservando vaga na lista. Mas o prazo para substituição de candidatura já acabou, segundo o calendário do TSE.

O candidato a vice no lugar de Hermas ainda permanecia uma incógnita ontem à tarde, mas tendendo para Renato Adur.

Quem vai recorrer?

Da decisão do TRE paranaense ainda cabe recurso junto ao TSE. É o que pretendem fazer os advogados do PMDB nas próximas horas. Entre alguns juristas da especialidade, discute-se, porém, se o PMDB tem legitimidade para fazê-lo, pois coligar ou não coligar é assunto interno do PSDB. Se for este o caso, é à ala dissidente desse partido que compete impetrar o recurso. Hermas, o lider da dissidência, não se pronunciou a esse respeito.

Olho vivo

Conseqüências 1 – O clima era de vibração no comitê de Osmar Dias com o veredicto do TRE. Formalmente, o seu PDT nada ganha, mas ficou mais fácil conquistar a adesão de alguns tucanos à sua campanha. A mais esperada é a do prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Conseqüências 2 – Se até ontem muitos tucanos se sentiam à vontade para apoiar Requião, hoje a situação já é um tanto diferente. Como o PSDB agora está fora da aliança, militar na campanha de outro partido passa a soar como infidelidade. Nessa situação fica, entre outros, o vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.

Conseqüências 3 – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem até o dia 21 de setembro para se pronunciar a respeito de um eventual recurso do PMDB. Pode decidir antes, claro, mas até lá o PMDB só poderá contar com 2 minutos no horário gratuito de tv e rádio, ao invés de 4.

Périplo – Rubens Bueno (PPS) enfrenta maratona a partir de amanhã na região de Londrina: até sábado vai correr 20 municípios próximos. Esse périplo se repetirá todas as semanas, com 10 a 12 cidades por dia, sempre de quinta a sábado. Até o fim da campanha pretende revisitar os 399 municípios do Paraná.

Romaria – Flávio Arns (PT) fez romaria ontem. Visitou um seminário em Campina Grande do Sul e participou da posse do novo bispo de Paranaguá. No fim, foi abençado com o apoio de dom Dom Alfredo Novak, que está deixando a diocese.

Acredite se quiser

"Requião é um grande amigo nosso e estará conosco na hora certa. Sempre estivemos do mesmo lado."

Do vice-presidente José Alencar, segunda-feira, em Curitiba.

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