Coordenar na Região Sul do país todas as ações do Ministério da Ciência e Tecnologia é a função que está à espera de uma decisão do senador Osmar Dias. Ele foi convidado ontem pelo ministro Aloizio Mercadante para assumir o posto ainda a ser oficialmente criado na estrutura da pasta. Osmar pediu tempo para responder ao convite, após avaliar outro que recebeu na área privada.
Foi o próprio Mercadante que, em telefonema à coluna, anunciou o convite: "Aprendi a respeitar Osmar Dias ao longo da convivência que tivemos no Senado" disse o ministro, acrescentando que vê nele "a pessoa que reúne todas as condições para assumir o desafio de ajudar o governo Dilma de colocar a ciência e a tecnologia a serviço do desenvolvimento".
Segundo Mercadante, serão criadas cinco coordenadorias regionais no país, dentre as quais a do Sul, abrangendo os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu papel principal será o de articular as ações das instituições de pesquisa, o que inclui as universidades e órgãos de apoio e financiamento, como o CNPQ e a Finep, buscando sua integração com os setores privados agricultura e indústria, prioritariamente.
Mercadante lembrou que o Brasil já ocupa hoje o 13.º no ranking internacional da produção científica, mas ainda é tímida sua contribuição na inovação e adoção de tecnologia qualidades que explicam, por exemplo, o desenvolvimento social e econômico de boa parte dos países asiáticos. "O nome do senador Osmar Dias foi o primeiro de que me lembrei para assumir uma das coordenadorias e a enfrentar essa tarefa", disse o ministro.
Osmar confirmou ter recebido o convite e não descarta a possibilidade de aceitá-lo, mas pediu a Mercadante tempo para responder. Ainda estuda a oferta para compor a diretoria de uma grande empresa. Por enquanto, porém, diz que está empenhado apenas em cumprir os dias finais de seu mandato de senador e em reorganizar sua vida pessoal. "Não estava pensando nem reivindicando nenhuma posição ou acomodação no governo, e esse convite me pegou de surpresa", afirmou.
Olho vivo
Tudo dominado 1
Bem contadinhos, já são pelo menos 34 os votos que o deputado Valdir Rossoni contabiliza a favor de sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa. Munido de cartas formais de adesão de todos os partidos com exceção apenas do PT e do PMDB , o parlamentar se mostrava ontem mais tranquilo com a constatação de que, segundo ele, não passavam de "boatos infundados" os supostos movimentos de resistência.
Tudo dominado 2
Um dos focos de resistência que vinham sendo apontados nos últimos dias seria liderado pelo ex-deputado Hermas Brandão, atual conselheiro do Tribunal de Contas. Rossoni, porém, diz ter recebido do próprio Hermas, ontem, a garantia de que não teria partido dele nenhuma iniciativa de lançar uma chapa alternativa encabeçada pelo tucano de "bico vermelho" Nelson Garcia. Garcia nunca se declarou candidato, está pescando no Pantanal e também assinou lista de apoio a Rossoni. Também assinaram a lista o filho e o neto de Hermas, eleitos em outubro passado.
Tudo dominado 3
Nas contas de Rossoni, seriam apenas 20 os deputados cujos nomes não figuram nas listas de apoio. Seis deles são os da bancada do PT, partido que já anunciou sua disposição de se abster na votação. Os demais são 14 dos 16 deputados do PMDB. Desse total, dois (Stephanes Jr. e Artagão de Mattos Leão) estão na chapa de Rossoni; e vários dos 14 já lhe teriam levado apoio verbal, incluindo o presidente estadual da legenda, deputado Waldyr Pugliesi.
De longe
Há um deputado do DEM, contudo, que, embora já também comprometido com Rossoni, vem dando sinais de que não rezará cegamente pela cartilha do governo Beto Richa durante seu novo mandato na Assembleia. Trata-se de Osmar Bertoldi, que decidiu, a partir de agora, atuar de modo independente. Votará contra ou a favor de projetos segundo seus próprios critérios e não em obediência a determinações palacianas. Bertoldi pedirá licença já nos primeiros dias do novo mandato: em seu lugar assumirá ninguém menos do que o suplente Bernardo Ribas Carli, irmão do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho.
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