Olho vivo
Procurando tu 1
Beto Richa foi a São Paulo esta semana conversar com o governador Geraldo Alckmin e absorver dele lições sobre como vencer a criminalidade. Beto reconhece que foi ao lugar certo, pois é do governo paulista o exemplo de que, em dez anos, com uma boa política de segurança, é possível reduzir a mais alta taxa de criminalidade do país para a menor entre todos os estados. O Paraná fez caminho inverso no mesmo período: de estado pacífico, hoje figura entre os mais violentos.
Procurando tu 2
Só uma perguntinha: 16 meses depois de iniciar o seu governo, Richa ainda está procurando saber, fora daqui, o que fazer na segurança?
Caixa 2
Advogados do PRTB e de outros partidos que participam da ação movida contra o PSDB por uso de caixa 2 na eleição municipal de 2008 apressam-se para recorrer da decisão do juiz Marcelo Wallbach, da 1ª Zona Eleitoral, que inocentou Luciano Ducci, à época candidato a vice-prefeito na chapa de Beto Richa. O juiz entendeu que Ducci não teve nenhuma participação na distribuição de dinheiro não contabilizado. No recurso, os advogados vão contra-argumentar: segundo a Lei Eleitoral, quem paga pelo crime é quem dele pretendia se beneficiar e não apenas os que o cometeram.
No forno
Registrada no TRE, a primeira pesquisa Ibope sobre a corrida à prefeitura de Curitiba está no forno. Foi encomendada pela rádio CBN, cujo proprietário, o empresário Joel Malucelli, tem fortes interesses no governo. As entrevistas foram feitas no auge da exposição pública do prefeito Luciano Ducci durante a programação de eventos comemorativos ao aniversário da cidade. Não será surpresa se, desta vez, Ducci aparecer em melhor posição. A divulgação deve ocorrer após o Domingo de Páscoa.
Uma correção
A coluna cometeu um engano na edição de terça: nada foi decidido no encontro municipal que o PT realizou domingo passado. Foram apenas constituídas duas chapas que somaram 2.965 militantes aptos a votar nos dias 27 e 28 próximos. Aí sim se saberá oficialmente se o partido lançará candidato próprio ou se apoiará o pedetista Gustavo Fruet.
Estão usando um misturador de vozes nessa pré-campanha para a prefeitura de Curitiba. Quem está de fora não entende mais nada afinal, os interlocutores que estão de um lado falam a língua do outro e o outro de um terceiro. E assim por diante. Não é grego, não é latim e também não é sânscrito, pois as palavras são inteligíveis, mas as mensagens que propagam chegam confusas aos ouvidos leigos isto é, a nós pobres eleitores.
Vejamos: o prefeito Luciano Ducci, candidato à reeleição graças às artes e ao apadrinhamento político de Beto Richa, tem-se dedicado ultimamente a falar bem da presidente Dilma e de Lula. Ele se justifica: seu partido, o PSB, faz parte da tal base aliada do governo petista que manda no país; portanto, é natural que ele trate bem os dois líderes. Entretanto, é ao lado de Beto Richa, do PSDB, partido de oposição ao governo federal, que Ducci mais gosta de ser fotografado e de trocar juras de fidelidade.
Gustavo Fruet não escapa dessa. Fez fama nacional quando, no PSDB, foi um dos líderes da CPI que desvendou a trama do "mensalão" patrocinado por figuras do PT e do governo Lula. Hoje, no PDT após ser obrigado a deixar o tucanato, esforça-se para explicar a aliança com o PT. É difícil entender o idioma.
Já no PMDB, o ex-deputado Rafael Greca, embora esteja definido como pré-candidato desde o ano passado, após ser aprovado por 8 em cada 9 militantes que participaram do último encontro municipal da legenda, tem de aguçar sua audição poliglota nela incluído o Latim eclesial mas ainda assim não consegue entender o movimento de correligionários que pretendem entregar a legenda no colo de Luciano Ducci e renunciar à candidatura própria.
Nessa torre de Babel habita também o candidato do PSC, Ratinho Jr., que nas últimas eleições esteve ao lado do PT no Paraná e, no plano federal, permanece junto com o governo desde os tempos de Lula. Os poucos segundos de que sua legenda dispõe no horário eleitoral gratuito não sustentariam uma campanha solitária. Precisa agregar outras siglas para esticar esse tempo. Ainda que seja recordista de votos nas eleições para deputado, sua voz também não é entendida. Parece clamar no deserto.
Resumo da história: essa mistura de vozes não tem nada a ver com ideologias, doutrinas, posições políticas coerentes com o passado ou com o futuro. As vozes mais confundem do que explicam.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode