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Com as tantas brigas que move contra o mundo, Requião parece não encontrar tempo para governar o estado de forma mais criativa e com vistas a garantir-lhe condições de desenvolvimento. Com isso, seu terceiro mandato deverá acabar como os dois anteriores: sem deixar registros para a história. Quem se lembra de uma grande e fundamental obra de suas gestões?

Assim, além de legar aos seus sucessores um volumoso e destrutivo passivo judicial resultante dos tumultos que criou, seu governo tende a não deixar nenhum bom programa de fomento econômico ou de correção das carências estaduais, como o fizeram quase todos os governadores que o antecederam, que caçaram recursos nacionais e estrangeiros para financiar projetos importantes em várias áreas da administração pública. Até agora, nenhum que se enquadre na perspectiva de continuidade.

Não tem havido sequer esforço visível para buscar os abundantes (quando bem trabalhados politicamente) recursos federais, como nota o deputado federal Barbosa Neto, do PDT.

Segundo ele, em discurso pronunciado na tribuna da Câmara, há completa falta de entrosamento entre o governo estadual e a bancada paranaense no Congresso. "Neste momento tão importante em que vamos apresentar para o orçamento de 2008 emendas que podem ajudar o Paraná a vencer barreiras e a melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano, com base em estratégias e ações concretas, lamentavelmente o governador sequer encaminha qualquer projeto."

"Nós pertencemos a partidos diferentes" – afirmou Barbosa –, "mas devemos pensar em conjunto, estrategicamente." Ele lembrou que, em ocasiões anteriores, Requião chegou a devolver recursos que a União havia liberado para o Paraná, como no caso dos R$ 100 milhões destinados à construção do cais oeste do Porto de Paranaguá.

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"Quem não reconhece isso é apóstolo do caos ou está descolado da realidade paranaense."

Do líder do governo na assembléia, deputado luiz cláudio romanelli (pmdb), defendendo a política tributária do governo requião e afirmando que o paraná é um estado que tem programas, projetos e políticas claras.

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Olho vivo

CPMF 1 – Três senadores – Kátia Abreu, do Tocantins, e os paranaenses Alvaro Dias (PSDB) e Osmar Dias (PDT) – se encontrarão para um café da manhã na Associação Comercial do Paraná nesta segunda-feira. Falarão a empresários sobre o andamento no Senado da proposta de prorrogação da CPMF até 2011, como pretende o governo.

CPMF 2 – A proposta de Kátia Abreu, contrária à prorrogação, foi rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Em seu formato original, com 0,38% sobre qualquer movimentação financeira, a CPMF era rejeitada pelos três senadores paranaenses, inclusive por Flávio Arns, do PT. A posição do trio pode ter mudado depois das concessões feitas ao projeto pelo governo em suas últimas negociações.

Unissex 1 – Gleisi Hoffmann está liderando um movimento de articulação das prefeitas paranaenses para ensinar-lhes o caminho para obtenção de recursos federais. Já fez isso em setembro, quando levou a Brasília, em caravana, as 24 mulheres que ocupam prefeituras no estado. E continuará amanhã, quando voltará a reuni-las em Curitiba para um encontro com secretários e diretores dos ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia.

Unissex 2 – Inicialmente, esse encontro seria somente para as prefeitas, mas alguns prefeitos ficaram sabendo do evento e pediram para participar. Gleisi concordou com um encontro unissex. Lembrou que, quando foi diretora de Itaipu, enfrentou situação semelhante: ela criou direitos especiais para as mulheres que trabalham na hidrelétrica, mas em seguida não pôde resistir ao apelo dos homens, que também queriam, por exemplo, liberação do trabalho para acompanhar filhos ao médico ou para participar das festas do Dia dos Pais nas escolas. Então, por que não permitir que prefeitos se misturem às prefeitas?

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