As ilações feitas nos últimos dias pela coluna do jornalista Celso Nascimento, do jornal Gazeta do Povo, sobre um suposto relógio Rolex que teria sido dado a mim como presente por um dos envolvidos na chamada Operação Quadro Negro, passaram de todos os limites da tolerância. São ilações mentirosas, levianas, caluniosas e irresponsáveis.

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Tomam como verdade um boato reproduzido por uma das denunciadas nos desvios de recursos públicos da construção de escolas. São inaceitáveis, porque não apresentam qualquer elemento de prova, simplesmente porque não há fato, logo não há prova.

São infames, porque buscam criar uma versão a partir da publicação na imprensa, para solapar a verdade. Jamais recebi esse suposto presente.

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Repudio esse jornalismo virulento, que se vale de mentiras para tentar me atingir. Não aceito que a ética seja sacrificada por interesses pessoais e inconfessáveis. Repilo esse tipo de atitude e vou buscar na Justiça a reparação dos danos a mim causados. Cansei de ouvir essas cassandras se regozijarem com as falsidades por elas publicadas.

O Governo do Estado foi o primeiro a denunciar as irregularidades que vinham acontecendo no âmbito da Secretaria da Educação, com a abertura de sindicância interna e inquérito pela Polícia Civil, através do Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos (Nurce), que batizou as investigações como Operação Quadro Negro.

Desde então, o Governo vem tomando todas as medidas necessárias para apurar o caso, punir desvios de conduta e recuperar recursos desviados. Os bens de todos os envolvidos foram bloqueados pela Justiça, a pedido da Procuradoria Geral do Estado. A empresa e seus sócios já foram declarados inidôneos para prestar serviços à administração pública.

Todos os servidores públicos investigados – seis diretores, engenheiros e fiscais das obras – foram demitidos ou exonerados de seus cargos.

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Enfim, o Governo vem dando todas as provas de que defende a apuração completa do caso e a punição dos culpados. Não é justo que versões fantasiosas, como essa de um suposto relógio Rolex, tentem desviar o foco desse objetivo maior, em defesa do Estado e da correta aplicação dos recursos públicos.

Beto Richa

Governador do Estado

Olho vivo

FHC e Alvaro? 1

Principal assessor de Fernando Henrique Cardoso, de quem foi chefe de gabinete na Presidência da República, o agrônomo Xico Graziano envia esclarecimento: o ex-presidente não se referia ao senador Alvaro Dias quando, na semana passada, criticou políticos que deixaram (ou pretendem deixar) o PSDB para se filiar a outras legenda. A filiação de Alvaro ao PV, após décadas de militância no PSDB, foi previamente debatida com o ex-presidente e contou com a compreensão do grão-tucano paranaense Euclides Scalco, ex-ministro da Casa Civil.

FHC e Alvaro? 2

A crítica de FHC foi interpretada como dirigida a Alvaro quando afirmou que “tem pessoas aí que estão mudando de partido com a pretensão de ser presidente”. O que parece ser o caso – mas talvez não o único, pois o tucaníssimo José Serra, por exemplo, também vem sendo tentado a ingressar no PMDB com o mesmo objetivo, assim como o governador Geraldo Alckmin, outro virtual presidenciável que até já pensou em se mudar para o PSB. O problema de todos parece não se chamar exatamente PSDB – mas Aécio Neves, que, na opinião deles, tem conduzido o partido de acordo com as próprias conveniências e embaraçado outras lideranças que discordam de sua atuação.