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Enquanto o deputado Antônio Anibelli trovejava um pobre discurso na Assembléia, a OAB Paraná tomava ontem as primeiras providências para fazer um desagravo público, nos próximos dias, a advogados de Palmas (Sul do estado) acusados de envolvimento num suposto plano para o assassinato do governador Roberto Requião. O desagravo cabe quando um advogado sofre injusta acusação ou agressão por parte de alguma autoridade constituída, conforme reza o Estatuto da Advocacia.

Como noticiado ontem pela coluna com base em farta documentação e gravações com vítimas da acusação, o deputado Antônio Anibelli teria admitido ser ele, em conluio com o prefeito de Mangueirinha, o mentor intelectual da farsa, com o objetivo de afastar de Palmas o delegado de polícia local, Plínio Gomes.

O estratagema consistiu em encarregar Cléber Gomes, 27 anos, sem profissão, para enviar e-mail a Requião dando conta da pretensa intenção de um grupo para assassiná-lo. Seriam líderes da conspirata o próprio delegado e os advogados Auro Mello e Raul Boeno, da OAB de Palmas, além de políticos locais.

As investigações policiais determinadas por Requião não confirmaram a denúncia. Mas ainda assim houve constrangimento aos acusados e o delegado – de acordo com o plano inicial – acabou mesmo sendo transferido para outra cidade, a 500 quilômetros de distância.

O discurso de Anibelli, apesar de longo e extremamente confuso – provavelmente em razão do nervosismo de que foi acometido a partir das incômodas revelações –, não foi suficiente para comprovar sua inocência. Ao invés de esclarecer, preferiu atacar a honra dos denunciantes. Nisso, acabou por enredar-se em cominações constantes do Código Penal. Só mesmo a imunidade parlamentar para salvá-lo de condenação.

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Olho vivo

Multa – O advogado Luiz Fernando Pereira, autor da ação popular que derrubou a veiculação na TV Educativa de anúncios ofensivos a jornais e jornalistas, estuda outra medida. Caso a emissora coloque no ar outras peças pseudopublicitárias igualmente ilegais, pedirá à Justiça que imponha multas pecuniárias aos infratores – do diretor da TV ao governador.

No nosso 1 – É de muitos milhões o prejuízo material causado pelos militantes sem-terra que durante 17 meses ocuparam a fazenda experimental da Syngenta, no Oeste do estado. É o que apontam os primeiros levantamentos realizados pelo Ibama e pela seguradora da empresa. Não é possível quantificar o valor dos prejuízos ambientais e nem as perdas de caráter técnico-científico. Pesquisas que vinham sendo desenvolvidas há anos não podem ser recuperadas.

No nosso 2 – A quantificação preliminar dos prejuízos subsidiará a intenção da seguradora de buscar na Justiça o devido ressarcimento. Vai acabar – como sempre – doendo no bolso dos contribuintes paranaenses, se ficar legalmente caracterizado que as perdas foram decorrentes da proteção que o governo estadual dispensou à ação dos invasores.

Isenção – A presidente da Associação Comercial do Paraná, Avani Slomp, escreve para a coluna para informar que só não compareceu à reunião programada pela ACP com o prefeito Beto Richa, na semana passada, porque precisou viajar no mesmo dia a São Paulo, onde tinha compromisso agendado com Alencar Burti, presidente da congênere paulista. Sua ausência foi interpretada por empresários filiados à ACP como resultado de motivação política. Avani Slomp nega e reafirma isenção.

Disciplina – Afastado do comando da Academia Militar do Guatupê sob acusação de assédio sexual, o coronel João José Ramires ocupa hoje a Diretoria de Pessoal da Polícia Militar. A diretoria é responsável por examinar faltas disciplinares dos PMs.

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"Esta presidência se solidariza com o deputado Antônio Anibelli, até porque sua vida diz muito mais do que algumas linhas no jornal"

Do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), apoiando o pronunciamento do colega Antônio Anibelli (PMDB), apontado como mentor do pseudocomplô para matar Requião.

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