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A draga que o governo do Paraná pretende comprar por 20 milhões de dólares já tem até data para atracar no Porto de Paranaguá: será precisamente no dia 10 de dezembro deste ano. Este é o passo final do cronograma apresentado pelo superintendente da Appa, Daniel Fiel de Souza, na última reunião do Conselho da Autoridade Portuária, dia 21.

Bem detalhado, o projeto de compra, no mercado internacional, provavelmente asiático, prevê que a draga terá capacidade de 4 mil a 6 mil metros cúbicos, calado de 7,50 e condições para dragagem superior a 20 metros de profundidade. "Essa draga poderá ser nova (preferencialmente) ou usada e já foram identificadas algumas disponíveis no mercado", informa a Appa.

Já está definido também que a tripulação para operar o equipamento será contratada por meio de empresas de terceirização de mão-de-obra, mas quem vai (ainda bem!) gerenciar os serviços será a própria Appa.

O que está faltando para realizar o sonho de se colocar a draga em águas paranaenses? Falta o governador autorizar a compra até, no máximo, 30 de junho. Se fizer isso, a Appa abrirá a concorrência até 30 de julho. Em 15 de outubro já estará tomada a decisão quanto ao equipamento a ser comprado. Quinze dias depois, a tripulação terceirizada estará pronta para navegar rumo ao Brasil, com chegada a Paranaguá – u-la-lá! – dois meses depois, prontinha para cumprir sua missão.

Até lá, quem sabe, consertem os motores da draga holandesa HAM, que se encontra à deriva no porto. Em 120 dias, ela conseguiu completar apenas 34% do serviço que deveria fazer em 100 ao preço de R$ 30 milhões para os cofres públicos. Hã?

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Aumentar a água, não

Faz tempo que a Sanepar não reajusta as tarifas de água e esgoto. Há pelo menos cinco anos a diretoria da empresa tenta convencer o governador a autorizar o aumento, requisito para a ampliação dos investimentos em saneamento básico. Requião não deixa e o povo que paga até gosta – mas não sabe, por exemplo, que talvez seja por falta de dinheiro (ou de gerência?) que a Sanepar seja responsável por mais de 2 mil pontos de poluição ambiental em Curitiba. E pelo emporcalhamento de uma longa extensão do Rio Iguaçu.

Pois bem: na última reunião do Conselho de Administração da Sanepar – ocasião em que atual diretoria foi reeleita e seu presidente teve seu salário aumentado para R$ 25.500,00, retroativo a março, claro! – o reajuste das tarifas foi novamente debatido. O assunto foi inscrito em pauta sob o hermético título de "apreciação de matérias previstas na alínea ‘q’ do art. 17 do Estatuto Social" – dispositivo que dá ao Conselho a prerrogativa de deliberar sobre questões tarifárias. Não é o momento político de irritar o governador, devem ter pensado os conselheiros, pois o processo foi "convertido em diligência". Isto é, foi colocado na gaveta.

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Da mesma reunião do Conselho da Sanepar: foi aprovado o parecer em favor do aumento de capital a ser referendado por uma assembleia-geral extraordinária. O aumento se dará pela conversão dos créditos que o governo tem junto à companhia em participação acionária. Em montante suficiente para reduzir proporcionalmente a quase nada a participação do grupo privado Dominó na sociedade, hoje de pouco mais de 39%.

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Gestão

O secretário municipal de Finanças, Luiz Eduardo Sebastiani, disse ontem que os vereadores do PT incorrem em erro quando afirmam que a prefeitura falseou na informação de que teria conseguido economizar R$ 158 milhões no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo ele, o engano foi comparar os gastos feitos em 2009 com o mesmo período de 2008, quando o certo é constatar que as despesas de custeio diminuíram naquele montante em relação ao que está previsto no atual orçamento e não com o executado no ano passado.

Fiat lux

A Copel estava bem silenciosa quanto aos erros grosseiros nas contas de 25 mil consumidores, acrescidas de aumentos injustificáveis de até 200%. Foi preciso que o deputado Luiz Carlos Martins (PDT) fizesse a denúncia para que a empresa, afinal, reconhecesse o problema, responsabilizando uma terceirizada pelos erros de leitura dos medidores. E prometeu que vai avaliar uma a uma as faturas de quem reclamar.

Agrobeto

Tida hoje como uma das vozes mais influentes do agronegócio, a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura, confirmou presença no evento que o PSDB vai fazer em Foz do Iguaçu dia 5. A reunião está sendo vista como uma manifestação em favor do lançamento do tucano Beto Richa ao governo. Mas um detalhe: a senadora é do DEM, partido que no Paraná ainda apóia Osmar Dias, mais ligado ao agronegócio do que Beto.

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