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O requerimento para a convocação da CPI da Corrupção, de autoria dos deputados Valdir Rossoni e Douglas Fabrício, contava até ontem com apenas oito assinaturas. São necessárias 18 – um terço do número total de parlamentares – para que se instaure o procedimento regimental de investigação.

Insatisfeita com as nebulosas explicações sobre indícios de irregularidade que encontrou em atos do governo, parte da oposição acredita que o remédio é investigar mediante o uso dos instrumentos de coerção de uma CPI.

Além de Rossoni e Douglas Fabrício, já subscreveram o requerimento os deputados Marcelo Rangel, Geraldo Cartário, Antônio Belinati, Elio Rusch, Luiz Carlos Martins e Ademar Traiano.

Mas não integram ainda o placar dos interessados em esclarecer os fatos alguns parlamentares que, em razão de posturas críticas que freqüentemente assumem, poderiam também apoiar a convocação. São eles: Ney Leprevost, Plauto Miró Guimarães, Reni Pereira, Carli Filho, Rosane Ferreira, Pastor Edson, Francisco Bührer, Luiz Fernandes Litro, Jocelito Canto, Stephanes Júnior, Osmar Bertoldi e Tadeu Veneri. Seriam 12, totalizando 20 assinaturas – duas além do quórum mínimo necessário.

Foram arrolados como objetos da CPI cinco rumorosos casos:

• Os aditivos concedidos pela Sanepar à Pavibrás, que fizeram subir o custo das obras de saneamento do litoral de R$ 69 milhões para R$ 113 milhões. As obras não foram concluídas e a empreiteira cobra mais R$ 40 milhões.

• A compra de 22 mil televisores por R$ 18,9 milhões junto à Cequipel, fabricante de móveis que se notabilizou como a maior doadora da campanha do PMDB de 2006.

• Os gastos de R$ 210 milhões, em quatro anos, por meio de cartões corporativos.

• Os repasses de recursos para organizações não-governamentais, da ordem de R$ 510 milhões.

• As denúncias de licitações irregulares e desvios de recursos na Ceasa.

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Olho vivo

Negociar 1 – A Comissão Especial de Investigação (CEI) da Assembléia que estudou soluções para baixar o custo do pedágio chegou ontem a uma conclusão óbvia: só mesmo uma negociação do governo com as concessionárias pode resolver o problema. A melhor prova que levantou para comprovar sua tese foi a inutilidade comprovada das 54 ações judiciais que tramitam com este intento e dos barulhentos movimentos "populares" feitos nas praças de pedágio com o apoio subrreptício de Requião.

Negociar 2 – Muitas coisas podem ser feitas para reduzir as tarifas. Por exemplo: baixar os impostos, reprogramar as obras, mudar o modelo, estender os prazos contratuais etc. Mas nada acontecerá se o governo não se dispuser a sentar à mesa para negociar com as concessionárias. O resto é só discurso de campanha eleitoral.

Níver – O ex-governador Jaime Lerner faz 70 anos no dia 4 de dezembro. Amigos e velhos colaboradores organizam um jantar em sua homenagem que pretendem transformar no grande acontecimento político do ano, regado a vinho, polenta e frango do Restaurante Dom Antonio. As adesões (R$ 25,00 por cabeça) podem ser feitas pelo fone 4063-6200.

Invasões – Invasões de terra no Paraná, as mortes ocorridas no confronto da Fazenda Syngenta e a lentidão do governo em cumprir mandados de reintegração são alguns dos temas que serão discutidos hoje, em Cascavel, durante reunião convocada pela Comissão de Agricultura da Câmara Federal. O encontro foi organizado pelo deputado Eduardo Sciarra, do DEM, membro da Comissão.

Rebelião – Deputados da base aliada ensaiam rebelião. Estão insatisfeitos com o tratamento que recebem do governo. A maior demonstração de desagrado foi o comparecimento de apenas seis (dos 34 parlamentares da bancada) a uma reunião organizada por Romanelli com o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, ontem, para aparar as arestas.

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"Deve ser mais uma sem-vergonhice de alguém do PMDB."

Do líder do governo na Assembléia, o peemedebista Luiz Cláudio Romanelli, atribuindo a algum deputado do próprio partido o vazamento da informação de que o estado pretende aumentar o ICMS.

celso@gazetadopovo.com.br

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