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"Como é novidade, devemos agir com cautela."

Do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nélson Justus, sobre a decisão do TSE que determina a perda do mandato de parlamentares que trocaram de sigla.

Nada menos de 86,7% da soja embarcada em Paranaguá nesta safra são de origem transgênica e só 13,3% convencional. Por outro lado, o silo público (silão) do porto responde por 40% do total dos embarques. Mas esse silo, por determinação da administração portuária, não recebe soja transgênica – só convencional. Logo, falta espaço para descarga de transgênicos e sobra para os grãos convencionais.

É nesta questão matemática que se encontra o pomo da discórdia, o "x" do problema responsável pela guerra em que se engalfinham o governo do estado, o superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, e toda a comunidade portuária, uns culpando os outros pela formação de filas de caminhões.

Eduardo Requião não quer ver fila no porto. Então, baixou resoluções impedindo que os caminhões saiam do interior enquanto não tiverem navios definidos para o embarque do que transportam. Ou seja, na prática, dá-se uma fila "oculta" no interior.

Irritado com essa situação, o Conselho da Administração Portuária (CAP) revogou as ordens de Requião na semana passada e exigiu a abertura do silão para recepção de transgênicos. Se não abrir, fatalmente as filas serão enormes. Na opinião do Conselho, os caminhões não podem ser retidos no interior e nem os produtores rurais querem perder tempo – precisam vender e embarcar logo a soja para cumprir seus contratos.

A Justiça já determinou que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) não crie empecilhos para a soja transgênica, mas sua decisão não é obedecida. Por isso a disposição do Conselho agora é a de recorrer novamente à Justiça e até requisitar força policial caso algum caminhão com soja transgênica seja impedido de descarregar no silão.

A guerra é aberta e agora é para valer – dizem os agitados operadores privados.

O delegado será mantido?

O que era apenas uma hipótese agora já é realidade concreta: o diretor-geral adjunto da Polícia Civil, delegado Francisco Batista da Costa, terá mesmo de enfrentar júri popular brevemente. A última tentativa de seus advogados para evitar tal constrangimento esbarrou na decisão do STF, que negou habeas corpus impetrado em favor do policial.

O delegado é acusado de falsidade ideológica para proteger o alcagüete que matou o jovem Rafael Zanela em 1997 e os policiais de sua delegacia, que forjaram provas para incriminar a vítima.

A grande pergunta é: o secretário (também sub-judice) da Segurança, Luiz Fernando Delazari, vai manter o delegado Francisco Costa no alto posto de comando que ocupa na Polícia?

Olho vivo

Caso de polícia 1 – O presidente da Associação dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas do Paraná (Amai), coronel Elizeu Furquim, enviou correspondência aos parlamentares federais pedindo-lhes que rejeitem projeto de autoria do senador Tasso Jereissati que dá liberdade aos estados para organizar as polícias militares segundo a sua vontade.

Caso de polícia 2 – Furquim usou palavras pesadas para argumentar contra o projeto de Jereissati. Segundo ele, no caso paranaense, os resultados serão desatrosos. Lembra, por exemplo, que embora ainda esteja preso às limitações da legislação atual, o governo estadual já conseguiu desestruturar a hierarquia da Polícia Militar por meio de "expedientes grosseiros, como perseguições políticas" sem que nada "resulte em benefício da segurança pública estadual."

Só majoritária 1 – O deputado Gustavo Fruet, do PSDB, já decidiu: não quer voltar à Câmara em 2010, preferindo disputar eleição para cargo majoritário. Naquele ano, quatro estarão em disputa – além de duas cadeiras de senador, haverá eleição também para governador e vice.

Só majoritária 2 – Com uma atuação brilhante nas duas legislaturas anteriores, Fruet teve suas qualidades reconhecidas pelo eleitorado, que lhe deu 210 mil votos em 2006 para voltar à Câmara pela terceira vez. Esta condição é que anima o parlamentar a tucano a alçar vôo em busca de um dos cargos majoritários, a ser decidido conforme as conveniências partidárias na ocasião.

Só majoritária 3 – Enquanto isso, Fruet sedimenta a notoriedade nacional que já conquistou – principalmente devido à sua participação nas CPIs do Congresso – proferindo conferências pelo Brasil afora e também no interior do Paraná.

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