
O site oficial do PMDB do Paraná na internet foi invadido por hackers e permanecia fora do ar até o fim da tarde de ontem. Uma certa "Elite top team" deixou recado na página inicial pedindo desculpas aos administradores com um cínico "opsss!!!!" (veja ilustração acima).
Embora revele a vulnerabilidade do site à ação de malfeitores informáticos, certamente não é este o tipo de vulnerabilidade que mais preocupa a direção partidária. Mais vulneráveis são suas condições de manter o eleitorado disposto a manter o partido no mesmo número de prefeituras que atualmente detém: 197 cidades são administradas hoje por peemedebistas. Esse número equivale a quase metade das 399 cidades paranaenses.
A esperança já está perdida nos maiores colégios eleitorais. Em Curitiba, por exemplo, o candidato que o PMDB lançou o ex-reitor Carlos Moreira aparece com índice zero nas duas mais recentes pesquisas, Ibope e Vox Populi, e dá sinais de que não apresenta musculatura para ir muito à frente.
Dentre as outras grandes cidades onde o partido disputa o cargo majoritário, apenas em Foz do Iguaçu há chances de eleger o seu candidato, Samis da Silva, que aparece tecnicamente empatado com o candidato à reeleição Paulo Mac Donald, do PDT. Mesmo assim, Samis ainda terá de se haver com a Justiça Eleitoral para livrar-se da impugnação que pesa sobre sua candidatura.
Nas eleições de 2008, embora esteja organizado em todos os 399 municípios, o partido lançou candidatos próprios em apenas 248 praticamente o mesmo número dos que concorreram pela legenda em 2004. Naquele pleito, com Requião o principal puxador de votos tendo cumprido apenas metade do seu primeiro mandato, o PMDB elegeu 121 prefeitos, metade do número de candidatos que lançou.
Depois disso, às vésperas da reeleição de Requião logo após o início do segundo mandato, o plantel peemedebista de prefeitos foi engordado com a adesão de outros 76, eleitos em 2004 por siglas diversas, totalizando os 291 atuais.
Agora, sem um terceiro mandato à vista e com índices de aceitação popular em baixa, Requião e seu partido já perceberam que os resultados serão certamente bem mais magros. Não sairão do ar, como aconteceu na internet. E terão de encontrar culpados que nada têm a ver com hackers.
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Olho Vivo
Pessoal 1
Está na 3ª Vara da Fazenda Pública a ação civil pública em que a Associação de Defesa do Contribuinte (Aedec), com sede em Maringá, pede que Requião seja condenado a pagar R$ 10 mil por dia por improbidade administrativa. O governador é acusado de não cumprir a lei que o obriga licitar linhas de ônibus intermunicipais de passageiros. As atuais empresas estariam operando de forma irregular.
Pessoal 2
O assessor jurídico da Aedec, Eli Pereira Diniz, explica que a Justiça, a pedido do Ministério Público, já condenou o Estado a pagar aquela multa. Embora esteja suspensa em razão de recurso, o advogado pretende que a pena, se confirmada, seja transferida para a pessoa do governador. "O povo não pode pagar por um ato ilegal do governante", argumenta.
Tudo ou nada 1
As equipes de marketing fazem os últimos ajustes para colocar no ar, a partir de amanhã, os programas de rádio e tevê do horário gratuito do TRE. Daí em diante, por cerca de 40 dias, apostarão no tudo ou nada. É partir de agora que os números das pesquisas podem a oscilar.
Tudo ou nada 2
Não custa lembrar um exemplo emblemático: a excelente produção na tevê e bons apelos de marketing decidiram a eleição em 1996. Cassio Taniguchi começou aquela campanha como um desconhecido e com apenas 3% nas pesquisas. E ganhou no primeiro turno.
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"Nossa meta é ampliar para 240 prefeituras."
De Valdir Pugliesi, presidente estadual do PMDB, demonstrando otimismo: no auge do poder de Requião, em 2004, o partido elegeu 121 prefeitos.
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