Oportunidade
A funcionária Marilza Dias foi nomeada ontem pelo prefeito Luciano Ducci ontem secretária do Meio Ambiente de Curitiba. A nova titular já atuava na pasta há anos e, entre outras missões relevantes, exerceu no ano passado a presidência da comissão de licitação para a implantação do Sipar a indústria de reciclagem de lixo da capital e de 18 outros municípios da região metropolitana. Alguns de seus atos foram contestados pelo Tribunal de Contas e por empresas participantes, que ingressaram na Justiça. A licitação foi suspensa. Marilza ganha agora a oportunidade de concluir a tarefa.
Aposentadoria
O ex-governador Roberto Requião contesta a decisão da OAB nacional que promove ação no STF para declarar inconstitucionais as leis estaduais que concedem aposentadoria a ex-governantes. Requião escreveu no Twitter que o princípio legal que rege a própria aposentadoria (R$ 24,5 mil por mês) é o mesmo que assegura o benefício vitalício aos ex-presidentes da República.
Confirma?
Está prevista para hoje a volta a Curitiba do deputado Nelson Garcia tucano que estaria disposto a bater chapa com outro tucano na disputa pela Assembleia Legislativa. Salvo por uma nota oficial em que anuncia a candidatura, Garcia nunca falou diretamente com a imprensa sobre o assunto. Nem com Rossoni. Que continua tranquilo, achando que tudo não passa de boato.
Dia desses o Instituto Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta, mediu o grau de prestígio alcançado pelo governador Beto Richa após duas semanas de administração. Deu que 64% dos curitibanos gostaram do que viram nesse curto período. Este alto índice de aprovação não contrasta substancialmente com todos os demais obtidos por Richa ao longo de seu mandato e pouquinho à frente da prefeitura de Curitiba.
O índice que obteve agora não é muito distante daqueles que foram conferidos, em seus melhores momentos, a todos os governadores que o antecederam. Ney Braga, Alvaro Dias, Requião, Lerner, fossem quais fossem os institutos de pesquisa, como Ibope ou Datafolha, invariavelmente figuraram em posições de ponta.
Parece, portanto, ser uma tradição bem curitibana e bem paranaense aprovar sem maiores questionamentos quem está no poder seja lá quem for. Todos são "melhores", desde que começaram as pesquisas de opinião pública. Antes delas, a consciência coletiva se encarrega de colocar os nomes de Bento Munhoz da Rocha, Parigot de Souza e Jayme Canet Jr. entre os bons.
Por tudo, acaba não ficando muito claro na cabeça dos eleitores se o Paraná também não teve "piores" governadores. Entretanto, a memória de quem conhece um pouco da história política do estado pode trazer à cena administradores cujos conceitos, justa ou injustamente, ficaram registrados como negativos.
Os mais velhos, por exemplo, podem se lembrar de Moysés Lupion, que governou o estado por oito anos nas décadas de 40 e 50 do século passado. Foi um dos maiores administradores que o Paraná já teve. Muitas de suas obras ainda resistem. Mas ninguém esquece do que ele teve de pior e que ficou marcado na história.
Outro exemplo de conceito negativo foi o deixado por Haroldo Leon Peres. Bastaram-lhe nove meses no cargo (de março a novembro de 1971), nomeado pelos generais do período mais negro da ditadura, para que sua "obra" ficasse perpetuada na lembrança. O que fez no poder em tão pouco tempo foi suficiente para que os militares se arrependessem da escolha e o obrigassem a deixar o Palácio.
O que havia em comum entre Lupion e Leon Peres que não deve servir de exemplo para seus sucessores? Se ficaram para a história como maus governantes, é preciso identificar o que os levou a tal conceito coisa que pode ser muito útil para quem está começando o governo agora com nota excelente e para quem almeja governar o estado no futuro.
Mas o que tinham em comum de negativo os dois citados? Vejamos alguns exemplos: ambos nomearam nepotes ou delegaram poderes excepcionais a amigos, que se aproveitaram da condição para promover o próprio enriquecimento ou do grupo. Ambos, direta ou indiretamente, meteram-se em interesses negociais particulares. Leon Peres para citar um caso concreto caiu exatamente por causa de suas conversas não republicanas (gravadas) com um poderoso empreiteiro. Ambos desprestigiaram tradicionais aliados ou correligionários...
Fizeram tudo quanto um governante não pode fazer.
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