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Engenheiros da Petrobras, responsáveis pela ampliação e modernização da refinaria de Araucária, estão apreensivos com a lentidão na qualificação de mão-de-obra que a unidade exigirá quando toda a nova estrutura entrar em operação.

Calcula-se que ao longo das obras e após sua conclusão prevista para 2011, a refinaria precisará de pelo menos 17 mil empregados – em sua grande maioria com graus variáveis de especialização na área.

Quando há um ano a Petrobras anunciou seu projeto – no qual investirá quase 2 bilhões de dólares –, procurou apoio do governo estadual para atuar na formação dessa mão-de-obra, mas até agora não viu a secretaria do Trabalho tomar nenhuma iniciativa importante nesse sentido. A secretaria é a principal responsável pela aplicação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com recursos destinados à qualificação de mão-de-obra.

Até agora, no entanto, apenas dois mil trabalhadores estão sendo formados – mas através de cursos patrocinados pela iniciativa privada (Fiep e Senai). Por isso, segundo funcionários da Petrobras que, na semana passada, estiveram em Curitiba para tratar do assunto, a empresa já pensa em recrutar trabalhadores na China e na Turquia. Ou seja, os nativos do Paraná podem não aproveitar a chance de conseguir um bom emprego em razão do desinteresse do governo. Procurado por empresários e sindicalistas, o líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni, vai requerer esta semana informações da secretaria do Trabalho. "O governo tinha conhecimento da emergência da demanda há muito tempo e nada fez. A preocupação principal é tentar tirar a secretaria do lamaçal em que se afundou", afirmou.

Os gaúchos estranham

A aguerrida imprensa do Rio Grande do Sul não pára de estranhar o fato de deputados gaúchos terem vindo ao Paraná buscar orientação do governador Roberto Requião sobre pedágio. A Assembléia Legislativa de lá instalou uma CPI para investigar o sistema de concessão rodoviária do estado e resolveu embeber-se na experiência paranaense.

Vejam o que escreveu o jornalista Políbio Braga, ex-Veja e ex-Zero Hora, no blog político de maior audiência no RS:

"Ninguém na CPI dos Pedágios conseguiu explicar dois acontecimentos extraordinários: 1) quatro deputados antipedágios viajaram a Curitiba sem autorização de ninguém, gastando R$ 4,5 mil da Assembléia. 2) o governador Roberto Requião foi convidado a depor na CPI, sem que qualquer requerimento tenha sido aprovado."

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Olho Vivo

Duplo salário 1 – A Copel está entrando com recurso contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho que, na semana passada, determinou a reintegração de Gilberto Griebeler na diretoria da Copel Participações. A empresa alega que o cargo é de confiança e que, pela Lei das Sociedades Anônimas, cabe ao maior acionista (no caso, o governo do estado) nomear ou demitir seu ocupante a qualquer tempo.

Duplo salário 2 – Gilberto Griebeler é um dos 14 empregados da Copel que recorreram da decisão judicial por se acharem vítimas de assédio moral. A empresa foi condenada a restituir-lhes todos os cargos e funções e, ainda, a pagar-lhes indenização por danos morais. O curioso é que Gilberto Griebeler ocupa uma diretoria em outra subsidiária da companhia, a Elejor, o que, com a decisão que o beneficiou na semana passada, passa a ter direito a dois polpudos salários.

Duplo salário 3 – Houve ou não manipulação no balanço das contas públicas do Paraná? Esta é a pergunta que o secretário (ainda?) da Fazenda, Heron Arzua, terá de responder hoje de manhã em audiência pública na Assembléia. Terá de explicar porque foram feitos dois balanços diferentes – no primeiro, foram somados créditos inexistentes; no segundo, dívidas desapareceram.

Igualdade – Também hoje de manhã na Assembléia, outra reunião importante: deputados, vereadores, secretários municipais, técnicos e líderes comunitários vão discutir estratégias para convencer Requião a tratar Curitiba da mesma forma que ele quer que o estado seja tratado pela União. Da União, ele quer o perdão de uma dívida para livrar o estado da condição de inadimplente. Curitiba quer do estado benefício semelhante: não quer ser penalizada com a suspensão de repasses por conta da dívida contraída para a implantação da Cidade Industrial.

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"Sua permanência na presidência da Casa está prejudicando o trabalho dos senadores e a imagem do Senado."

Do senador Osmar Dias, na semana passada, liderando movimento da bancada do PDT pelo imediato afastamento do senador Renan Calheiros.

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