O Rio de Janeiro está falido; nem salário dos servidores consegue pagar; a dívida ultrapassa o limite de 200% da receita tolerado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O Rio Grande do Sul, faz tempo, também está “quebradinho da silva”. Minas Gerais e quase todos os outros estados do país apresentam idêntica situação catastrófica.

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O Paraná, contudo, segundo assegura a propaganda do governo, é uma “ilha de prosperidade” em meio ao caos nacional e internacional. Contas em dia, funcionalismo recebendo aumentos, dinheiro sobrando para investimentos... tudo muito diferente do que ocorre em outras plagas.

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É este “Paraná-maravilha” que o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, pretende fazer desfilar nesta terça-feira (31) na passarela da Assembleia, em audiência pública, cumprindo a obrigação legal de expor, a cada quadrimestre, a numerologia das finanças estaduais. O desfile será o primeiro de 2016.

A apresentação será uma caixinha de surpresas para os deputados. Eles tinham a esperança de que o secretário mandaria, dias antes da audiência, um caderno com o quadro financeiro, de tal modo que os parlamentares estivessem preparados para o debate na sessão desta terça. A promessa não foi cumprida e a oposição reclamou de entrar no plenário como se fosse num quarto escuro.

Mas já alinhou alguns questionamentos a Mauro Ricardo. Por que falta merenda nas escolas? Por que apenas 30% das viaturas da Polícia Militar estão rodando e 70% paradas? Por que promessas como promoções e progressões na carreira de professores não foram cumpridas? Tudo isto acontece por falta de dinheiro ou porque o “xoque de jestão” não chegou a estes setores?

Curiosos também estão os deputados a respeito do cumprimento das metas de investimento para o ano de 2016, anunciadas para chegar a R$ 3,5 bilhões na administração direta. A diferença positiva entre as receitas e o custeio da máquina neste primeiro quadrimestre já sinaliza que, até o fim do ano, os paranaenses se verão em meio a um canteiro de obras?

Conspiração 1

Depois de Romero Jucá, do Planejamento, e de Fabiano Silveira, da Transparência, quanto tempo vai demorar para cair mais um ministro de Michel Temer? O primeiro saiu apenas 12 dias após a posse depois de confirmado pelas gravações do delator Sérgio Machado (ex-Transpetro) que ele agia para debelar o fogaréu instalado pela Lava Jato. O segundo, também gravado e também trabalhando pela obstrução, não resistiu às pressões e deixou o cargo nesta segunda-feira (30).

Conspiração 2

O senador Alvaro Dias, que agora é Verde e independente, diz que o governo Temer está infestado de conspiradores contra a Lava Jato. Há no gabinete muita gente interessada e se mexendo para conter os estragos pessoais e grupais que as investigações estão causando – e nas quais se encontra enredado Renan Calheiros, presidente da Casa onde Alvaro dá expediente. Todos conspiram em favor da impunidade geral e irrestrita, diz o senador.

Mistério

E por falar em Lava Jato e em delatores, teria aparecido o nome de um grande empresário, ex-governador do Paraná, entre revelações comprometedoras feitas pelo ex-deputado federal por Pernambuco Pedro Corrêa. Já condenado por envolvimento no mensalão, descobriu-se que ele era muito ativo também no petrolão, carreando propinas para seu partido, o PP, e, claro, também para si próprio. A volumosa delação de Corrêa já foi homologada pelo ministro Teori Zavaski, mas nem todo o seu conteúdo foi revelado.

Coordenados

Ex-ministro Borges da Silveira vai coordenar a campanha do deputado Ney Leprevost (PSD) à prefeitura de Curitiba. Gustavo Fruet também articula em segredo um nome de peso para a sua.

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