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A disputa pelo governo estadual entra agora em fase mais acelerada. É necessário que até junho próximo, mês das convenções, as legendas tenham definido seus candidatos e alianças. O cenário é ainda de muitas dúvidas e poucas certezas. Como irrevogáveis, consideram-se apenas três candidaturas majoritárias: Gleisi Hoffmann (PT) e Beto Richa (PSDB) ao governo estadual e do companheiro deste na chapa, Alvaro Dias, que buscará a reeleição ao Senado.

Mas os vices de cada um deles e os demais candidatos ao Senado? Desde que Osmar Dias (PDT) recusou o convite para, como vice, fazer dobradinha com Gleisi, o PT mergulhou em dúvidas. Ainda não tem nome definido para ocupar o lugar de Osmar nem dispõe de figuras fortes para disputar o Senado. Quem um dia sonhou com esta possibilidade, o deputado André Vargas, enrolou-se nas próprias teias e deixou de representar uma opção.

Enquanto isso, do lado tucano, o vice também ainda é uma incógnita. A aposta de Beto Richa é que a convenção do PMDB derrote a pretensão de ter candidato próprio – pela qual lutam Requião e Pessuti – e prefira aliar-se ao PSDB. Neste caso, seu vice muito provavelmente seria um peemedebista.

O PSD, o PPS e o PV acreditam que podem representar uma terceira via para atender os eleitores que não querem nem Richa nem Gleisi. Embora ainda esteja aberto a discutir alianças, o PSD já tem dois nomes praticamente decididos: o empresário Joel Malucelli para o governo e o deputado Eduardo Sciarra para o Senado.

Já o PPS, que em âmbito nacional apoia o socialista Eduardo Campos para a Presidência, deve desligar-se da base de Richa e optar por candidatura própria ao governo. No caso, o candidato natural é o deputado Rubens Bueno, já experimentado em duas eleições anteriores.

Já a discreta mas atuante deputada federal Rosane Ferreira dispõe-se a renunciar a uma reeleição certa para a Câmara para, como candidata ao governo, fortalecer o PV, ainda minúsculo no estado.

Olho vivo

• Dispensa 1

Pela sétima vez consecutiva – e cada qual correspondente a 180 dias – a Sanepar renova contrato com empresas de vigilância que, durante todo este período, foram beneficiadas pela demora do Tribunal de Contas para analisar os recursos que, pela via de terceiros, elas mesmas interpuseram. A lei proíbe a entes públicos dispensar licitações para contratar fornecedores, a não ser "em caso de emergências ou de calamidade pública", nunca por falta de planejamento ou por decisão política.

• Dispensa 2

De acordo com atos publicados no Diário Oficial do dia 11 passado, duas empresas de vigilância – a Embrasil e a Auxiliar – foram recontratadas "com dispensa de licitação por emergência ou calamidade pública" para prestarem seus serviços por mais 180 dias. Somados, os novos contratos custarão aos cofres da Sanepar quase R$ 23 milhões. As duas empresas constam da lista de doadores da campanha de Beto Richa na eleição de 2010.

• Deus e o diabo

O ex-governador Orlando Pessuti, que luta para ser escolhido candidato do PMDB ao governo estadual, aproveita a Semana Santa para peregrinação ao Vaticano e Lourdes (França), cujo santuário é mundialmente famoso pelos milagres que lá se diz acontecerem. Enquanto isso, o senador Roberto Requião – que numa campanha anterior afirmou estar disposto a fazer aliança até com o diabo – oficializava, ontem, sua inscrição para disputar a vaga de candidato na convenção em que o PMDB definirá seu destino, em junho.

• "Pauta zero"

O Tribunal de Justiça montou comissão especial para regulamentar a lei 14277/2014 – aquela que instituiu auxílio-moradia e concedeu outras vantagens a juízes e desembargadores do estado. O presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Frederico Mendes Jr., está confiante: "Tenho absoluta certeza que essa questão será encaminhada da melhor forma possível por seus membros. Trata-se de benefício legal – previsto na maior parte dos estados – e que constitui a pauta número zero da Amapar".

• Cobras

Cerca de R$ 80 mil foram destinados pela Casa Militar para abastecer de óleo diesel, gasolina e biodiesel a residência de férias dos governadores na Ilha das Cobras, litoral do Paraná. O protocolo publicado no D.O. de ontem informa que o posto de gasolina que fará o abastecimento das lanchas deu desconto de 2,2% sobre o valor de tabela. A Polícia Militar ainda reclama de falta localizada de combustíveis para movimentar suas viaturas.

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