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Celso Nascimento

PT está fora

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Por 17 votos contra um, o PT decidiu ontem que deixará o governo Roberto Requião. Seus dois principais representantes na administração, os secretários da Agricultura, Walter Bianchini, e da Ciência e Tecnolo­­­­gia, Lygia Pupatto, comunicarão hoje de que já não há mais condições de continuar a convivência com o governador. Até ontem à noite, a decisão de romper com Re­­­quião estava sendo tratada pelo PT como um segredo que não poderia ser revelado antes que o governador fosse o primeiro a saber. Mas pelo menos três membros do diretório confirmaram para a coluna a informação que, durante à tarde, era desmentida. O presidente do diretório estadual petista, deputado Ênio Verri, fi­­­cou encarregado de entregar a Requião, hoje, a nota oficial do partido aprovada na reunião. Da nota deve constar uma ressalva: o rompimento é com o governo e não com o PMDB.

Alvaro e os bois pretos

O senador Alvaro Dias, enfim, reconheceu que já não tem chance de ser o candidato do PSDB ao governo estadual. E reconheceu, também, que o candidato será mesmo o prefeito Beto Richa – muito embora ainda prefira esperar a convenção de junho.

Em sucessivas entrevistas a emissoras de rádio de Curitiba, Alvaro abriu a caixa de ferramentas para informar que, nas eleições de 3 de outubro, não votará no escolhido pelo seu partido. "Posso até não fazer campanha, mas vou anunciar o meu voto. Isso é certo. Uma coisa que eu posso antecipar: eu não apoio quem aceita falcatruas; eu não apoio quem compactua com ilegalidades, com irregularidades e não vou votar em quem tem, escondido atrás de falsas aparências, objetivos escusos."

E completou: "Quando o partido desrespeita programas e a ética, eu não posso acompanhar. O modelo deles é um e o meu é outro. Não há como compatibilizar, não há a menor chance. É como eu digo: boi preto procura boi preto."

O senador voltou a questionar o processo de escolha feito pelo diretório estadual do PSDB no último dia 22. E reconheceu, também, que não teria a menor chance de vir a ser o escolhido por este colegiado. Segundo ele, dos 45 membros do diretório, 19 ocupam cargos de confiança na prefeitura de Curitiba; vários outros são padrinhos políticos de funcionários nomeados pelo prefeito. Mais: dos 45 titulares, 18 faltaram e foi preciso chamar os 15 suplentes para votar no lugar deles. "É por isso que a conta fechou em 42, pois o número de suplentes é menor do que o dos titulares ausentes", explicou.

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