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Já deixou de ser segredo há muito tempo que o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa, quer um cargo de secretário estadual no governo Richa. Cobiçou muito a Casa Civil, mas perdeu a parada para o ex-deputado Eduardo Sciarra, do PSD. Rossoni se achou preterido e injustiçado pelo governador, que não teria reconhecido o importante papel que ele teve na sua ascensão política.

A contragosto, Rossoni – que se elegeu com quase 180 mil votos em 2014 – acabou assumindo a cadeira de deputado em Brasília, mas não despregou os olhos do Paraná. Fontes palacianas informam, no entanto, que ele estaria próximo de realizar seu sonho. E talvez já nos primeiros meses de 2015, graças a um suposto remanejamento que o governador estaria pensando em fazer no seu secretariado.

A engenharia consistiria em alocar Rossoni na poderosa e rica secretaria de Infraestrutura e Logística, ocupada desde a gestão passada pelo primeiro irmão Pepe Richa, que, por sua vez, seria deslocado para a secretaria da Administração ou para a de Desenvolvimento Urbano. Dinorah Nogara e Ratinho Jr., seus atuais titulares, teriam outros projetos para tocar. O de Ratinho é assumir a cadeira de deputado estadual (onde comandaria a bancada do PSC, a maior da Casa) e, se tudo der certo, se eleger presidente no próximo período legislativo.

Por enquanto, estas mudanças são tratadas como mera especulação. E, como são ainda apenas especulações, Rossoni não quis perder tempo e passou a buscar mais visibilidade na Câmara Federal. Teve a sorte de participar da votação da admissibilidade do processo contra Cunha – e foi dele o voto que desequilibrou o resultado. Deu 11 a 9. Se Rossoni tivesse votado a favor de Cunha, o jogo teria embaralhado.

Na noite de segunda-feira (14), véspera da votação no Conselho de Ética, Rossoni foi paparicado com um convite para jantar na casa de Cunha. Chegou a confirmar, mas, por recônditas razões, não foi. No dia seguinte votou contra Cunha.

Chorume

Um aterro sanitário industrial da empresa Essencis, localizado numa região da CIC onde moram 20 mil pessoas, está no centro de uma polêmica que ainda vai incomodar muito a prefeitura de Curitiba e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão do governo estadual. O problema é que o aterro está situado a menos de um quilômetro da represa do Passaúna, que abastece 1 milhão de curitibanos. E não se sabe, até agora, se e quanto há de contaminação da água em razão do chorume que o aterro despeja em três riachos que alimentam o Passaúna. O credenciamento para que a Essencis opere no local é de responsabilidade da prefeitura, mas o licenciamento ambiental foi concedido pelo IAP – e de forma irregular, segundo já entendeu decisão liminar da 2.ª Vara de Falências ao julgar um processo de sublocação de um terreno utilizado pela Essencis. A população da redondeza, por meio de associações de moradores, denunciam desde 2014 que não suportam o mau-cheiro, as queimas de lixo durante a madrugada e sons típicos de explosões que viriam dos barracões da Essencis.

Muita calma

O senador Alvaro Dias pediu calma à deputada Leandre Ponte, única parlamentar federal do Paraná eleita pelo Partido Verde, de que já havia decidido se filiar no partido. A decisão de sair do PSDB já foi tomada, mas o ingresso em nova sigla ainda depende de circunstâncias políticas que só serão avaliadas em janeiro. Alvaro, porém, não desmente que a tendência é mesmo de virar Verde.

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