Olho vivo

Xeque-mate 1

O secretário estadual do Meio Ambiente, Jonel Iurk, é exímio jogador de xadrez, ativo participante de campeonatos nacionais e internacionais do milenar esporte do tabuleiro. No ano passado, por exemplo, foi um dos finalistas da 2.ª Copa Latino Americana de Xadrez, realizada em Montevideo. E esta deve ser a razão que o levou a dar o nome de "Enxadrista" à Central Geradora Hidrelétrica (CGH) que construiu numa propriedade da família em Guarapuava, com licença ambiental concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão vinculado à secretaria da qual é o titular.

Xeque-mate 2

Nesta segunda-feira, o secretário Jonel Iurk, antecipando-se à aprovação de um pedido de informações apresentado pelo deputado Tadeu Veneri, vai à Assembleia Legislativa para, segundo diz, dar um xeque-mate nos que desconfiam de favorecimentos não-republicanos. Outras CGHs e PCHs vinculadas a empresas da família Iurk e seus sócios estão na fila para obter licenças ambientais.

Deu zebra 1

A surpresa de última hora obrigou Ratinho Jr. a pedir adiamento do início da campanha na televisão por dois dias. O primeiro programa dos candidatos deveria ter ido ao ar na última quinta-feira, mas foi transferido para este sábado, dia 15. É que toda a estratégia de marketing do candidato, definida ainda no primeiro turno, estava voltada para enfrentar Luciano Ducci e não Gustavo Fruet.

Deu zebra 2

Na campanha de Ducci, outra surpresa: dois dias antes da eleição, o comando da campanha foi convocado para assistir às peças de propaganda já produzidas para o segundo turno. O jingle principal seria uma animada paródia da música "Camaro Amarelo", da dupla Munhoz & Mariano, cujo refrão "agora eu fiquei dodododo doce, doce" tinha sido adaptado para refletir o nome Ducci.

CARREGANDO :)

De que tamanho ficou o PSDB, partido presidido pelo governador Beto Richa, depois das eleições de domingo passado? A direção nacional do partido fez os cálculos e ficou decepcionada: apenas 76 dos 399 municípios elegeram prefeitos da legenda, que somaram exatos 323.858 votos. Esse resultado corresponde a 4,2% do eleitorado paranaense. As cidades de maior importância na lista da "vitória" são Cambé (Norte) e Fazenda Rio Grande (região metropolitana de Curitiba).

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O relatório do desempenho nacional da sigla foi encaminhado ao gabinete do senador Alvaro Dias, líder da bancada no Senado. Tão logo saíram os resultados de Curitiba, no domingo, ele já havia manifestado a opinião de que a derrota de Ducci representava um "castigo" para o partido, e, na última quinta-feira, o senador completou a análise com outros dados.

Segundo ele, nas eleições de 2008, 14,7% do eleitorado paranaense escolheu prefeitos do PSDB – três vezes mais do que em 2012. Além disso, há quatro anos 27,7% dos eleitores estavam sob governos municipais tucanos, ao passo que agora este índice caiu para 9,1%.

Alvaro observa: "O porcentual foi mais alto em 2008 porque o partido elegeu prefeitos em grandes colégios, como Curitiba e Ponta Grossa. Em 2012, no entanto, sequer lançou candidatos próprios na capital e nos grandes centros". E completa: a votação do PSDB nos 76 municípios em que se saiu vitorioso é menor do que o colégio de duas zonas eleitorais de Curitiba (soma da 4.ª com a 145.ª). O número de vereadores tucanos também caiu de 454 para 443, embora as cadeiras nas câmaras municipais tenham aumentado de 3.698 para 3.864.

O senador paranaense já foi presidente da sigla no estado nos anos 1990 e lembra com saudade daquele tempo: de cinco municípios com prefeitos tucanos, o partido passou para 73 em 1996.

Logo depois desse desempenho, porém, Alvaro, eleito senador em 1998, foi expulso do PSDB (juntamente com o irmão Osmar, também senador) por ter apoiado a instalação de uma CPI para investigar denúncias de corrupção no governo de Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido. Anos depois, voltou ao PSDB.

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O relatório da direção nacional do PSDB dá atenção maior aos estados cujos governadores pertencem à sigla e manifesta satisfação com São Paulo, onde o governador Geraldo Alkmin elegeu 171 prefeitos tucanos, com um total de 1.968.000 votos. Nos 627 municípios em que a eleição foi decidida no primeiro turno, obteve 27% dos votos de todo o estado e já garantiu o governo de 22% dos 752 municípios paulistas. Nas 25 cidades em que haverá segundo turno, o PSDB emplacou sete candidatos, incluindo a capital.